Os londrinenses voltarão às urnas 28 de outubro para definir quem vai comandar a cidade pelos próximos quatro anos. Marcelo Belinati (PP) e Alexandre Kireeff (PSD) tiveram a preferência dos eleitores e seguem na disputa. É a primeira vez que os dois concorrem ao cargo.
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Marcelo Belinati liderou as pesquisas desde o início da corrida eleitoral. Nos últimos números divulgados, o candidato do PP vivia a expectativa de encerrar a disputa ainda no primeiro turno. Marcelo fechou com 124 mil votos, 45,39% do total.
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Kireeff começou a corrida como azarão, com 3% das intenções de votos nas primeiras pesquisas. Foi subindo a cada levantamento e chegou na última semana empatado tecnicamente com Márcia Lopes (PT). Kireeff encerrou o primeiro turno com 69 mil votos, 25,27% do total.
Trajetória
O pepista teve, como principal "cabo eleitoral", o tio e ex-prefeito de Londrina, Antônio Casemiro Belinati (PP). O político participou da estratégia de campanha do sobrinho, mas ficou fora dos holofotes. Por ter o sobrenome Belinati, Marcelo foi alvo de diversas crítimas durante a campanha, de candidatos que relacionavam os escândalos de corrupção protagonizados pelo tio a ele.
"Eu sou sobrinho do Belinati. O que eles querem? Que eu renegue minha família? O Belinati é meu tio sim, e teve várias medidas positivas nas suas administrações, e teve erros que estão sendo analisados pela Justiça. Eu sou Marcelo Belinati, estou na vida pública há oito anos como vereador e não tem uma vírgula a meu respeito. Por que adversários não falaram de mim? Porque não tem o que falar, desde coerência até honestidade"
Além de ser Belinati, o candidato, que até então tinha participado de campanhas apenas para vereador, contou com o apoio de 15 partidos. A chapa, encabeçada pelo pepista, fez parceria com o tradicional PSDB e com o governador Beto Richa. O chefe do Executivo Estadual pressionou o diretório tucano local, que resolveu abandonar a ideia de lançar candidatura própria e apoiar o nome de Marcelo.
Na campanha, Belinati vendeu a ideia de ser uma "cara nova". Ele fez um plano de governo composto por propostas relacionadas, principalmentes, às áreas da Saúde e da Segurança Pública. O candidato promete, a partir de agora, esmiuçar o que fará se for eleito prefeito no segundo turno.
Diferente dos outros
Alexandre Kireeff começou a campanha de forma tímida. Ao contrário de Belinati, o candidato contou, apenas, com o apoio do próprio partido (PSD), poucos assessores e familiares. Desde o início, o empresário garantiu ao eleitor que era diferente dos outros candidatos.
Apesar da chapa única, o candidato obteve tempo considerável para o programa eleitoral gratuito. No rádio e na TV, Kireeff tentou mostrar que, apesar de fazer parte da elite, também poderia ser um bom prefeito para os mais carentes. O empresário, de família tradicional, visitou moradores da periferia e garantiu assistencialismo. No decorrer da campanha, o nome de Kireeff, pouco cogitado até então, começou a ser conhecido e citado por mais e mais eleitores. Caso seja eleito, Kireeff promete uma gestão técnica e não política.
"Estou orgulhoso de ter podido apresentar a Londrina uma proposta diferente. Estar no segundo turno é uma responsabilidade, mas também é uma chance para detalhar as propostas, para que o eleitor tome a decisão com segurança para o que for melhor para Londrina", declarou.