Uma das poucas opções de lazer para quem mora no centro de Londrina, o bosque municipal Marechal Rondon é novamente alvo de reclamações. Há cerca de um ano, após passar por revitalização, que deixou o acesso livre 24 horas e colocou telas de proteção em todo o entorno do bosque fechando o acesso à mata, o local parece estar abandonado.
Pelo menos é o que reclamam moradores e frequentadores, muitos deles aposentados, que vão ao local em busca de um pouco de descontração. À frente de uma nova mobilização por cuidados da área, e cansado de ouvir promessas, o aposentado Orlando Nardini reuniu cerca de 50 assinaturas reivindicando a manutenção do bosque. ''O bosque está abandonado'', reclama.
Entre os pedidos estão a troca das telas que estão caídas há meses, colocação de bebedouro, capinagem, instalação de sanitários masculinos e femininos e de mesas com cobertura para jogos de baralho e de tabuleiro. ''São medidas simples que vão oferecer qualidade de vida e dignidade. Apesar disso, de nada adianta o investimento se não houver alguém cuidando. O módulo policial que fica ao lado está desativado há meses, por exemplo.''
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Outro aposentado, Antonio Sarabia, aponta que para quem faz atividade física o bosque está numa situação degradante. ''O caminho usado para caminhadas está completamente inviável. A água usada para lavar a sujeira dos pombos fica empoçada, sem falar nas pedras que não são recolocadas'', observa. Exatamente um dos motivos que fez a dona de casa Zilda Nunes deixar de andar no local. ''Caminhar no chão tem muito impacto, e o trajeto nessas condições, não tem como'', destaca.
Para completar a lista, e no topo da maioria das reclamações, está o problema da limpeza. ''A sujeira dos pombos está demais e o mau cheiro é insuportável'', diz o aposentado Ricardo Lima. Com a esperança de que algo desta vez será feito, Nardini levará as assinaturas, juntamente com o protocolo antigo, ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) e à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). ''Espero que não fique somente na promessa.''
Mesmo quem não frequenta diariamente o local, mas passa pelo local, concorda com as reclamações. ''Quando posso, evito o bosque'', comenta o estudante Gabriel Bombo. O universitário André de Souza também apoia as reivindicações: ''Está muito mal cuidado''.
Segundo Carlos Hirata, presidente do Ippul, ''não há nenhum projeto para revitalização. Mas pode ser que até o fim do ano saia esse alguma coisa. Por enquanto, apenas a manutenção pode ser oferecida, até porque não há recursos no momento para uma medida maior'', disse.
O presidente da CMTU, André Nadai, afirmou que manutenção mais simples foi feita na semana passada. ''Fizemos a limpeza dos lustres e retirada dos galhos.'' Apesar disso, para as reinvindicações dos moradores, Nadai comentou que vai precisar analisar o documento para ''ver o que é possível fazer de imediato.'' (Colaborou Bruno Maffi)