Reduzir o quadrilátero da Lei da Muralha em 20%. Manter a proibição de novos supermercados com mais de 1.500 metros quadrados e de casas de material de construção com mais de 500 metros quadrados.
E ainda acrescentar a restrição de novos shoppings com mais de 1.500 metros quadrados. Essa é a proposta que começou a ser costurada nesta sexta-feira (7) entre o prefeito Barbosa Neto (PDT), as entidades representativas dos supermercados de Londrina, o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil).
Uma das principais opositoras da lei 9.869/05, a Acil foi a autora da proposta. ''Entendemos que essa lei gera muita discussão, mas não se pode liberar a construção de tudo em qualquer lugar'', justificou o presidente da entidade, Nivaldo Benvenho. Segundo ele, a associação está buscando um ''meio termo''. Se a lei for alterada desta forma, a Acil não fará mais oposição a ela, de acordo com Benvenho.
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Questionado sobre a inclusão dos grandes shoppings na Muralha, o empresário respondeu: ''O prefeito não abre mão desta questão''.
Barbosa deixou a reunião na quinta à noite na Acil se dizendo aberto à redução do quadrilátero ''desde que não venha a prejudicar a qualidade de vida dos londrinenses''.
O representante da Associação dos Supermercadistas da Região de Londrina (Assurel), Wilson Obara, afirmou que a entidade aceita a proposta. ''Por conta da polêmica, a gente concorda'', disse. Ele negou que a Lei da Muralha represente uma reserva de mercado para as empresas já instaladas no quadrilátero. ''De maneira nenhuma é uma reserva. É preciso distribuir melhor os estabelecimentos na cidade'', afirmou. Segundo ele, a preocupação da associação é com o planejamento urbano e não com a concorrência comercial.
A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Regina Naban, e a diretora de Planejamento do órgão, Denise Ziober, disseram que vão começar a estudar, a partir de segunda-feira, como o quadrilátero será reduzido. A ideia, segundo elas, é enviar um novo projeto de lei à Câmara alterando a Lei da Muralha.
Tumulto
A reunião estava marcada para as 17 horas na sede da Associação Paranaense dos Supermercados (Apras-Londrina), na Rua Rio Grande do Norte (região central). Mas os representantes dos empresários não gostaram do fato de a Prefeitura ter divulgado o encontro para a imprensa.
Eles deixaram o local dizendo que a reunião não iria acontecer.Mas, no início da noite, a reportagem desconbriu que todos estavam reunidos na sede da Acil. (com informações do repórter Nelson Bortolin, da Folha de Londrina)