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93 casos no ano

Ataque de laser ainda põe voos em risco em Londrina

Lucas Emanuel Andrade - Redação Bonde
17 out 2012 às 15:35

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Desde janeiro deste ano, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registra 93 notificações de emissão de raio laser em Londrina. O Aeroporto José Richa aparece entre os líderes de relatos no Brasil, atrás apenas do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, de Brasília, com 103, seguido pelo Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte com 96 registros. As informações foram enviadas por pilotos de todo o Brasil e também por funcionários dos aeroportos.

Levando em conta o número de casos no Estado, Londrina concentra 65% das invasões de laser a cabines de aeronaves. Com 141, o Paraná é o terceiro em notificações no País. São Paulo, com 284, e Minas Gerais, com 222, lideram.

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O elevado número de casos preocupa o Cenipa. A incidência do feixe de luz do laser na visão do piloto põe em risco os voos. Numa situação mais grave, a distração ou cegueira momentânea pode impossibilitar o piloto de conduzir a aeronave e ocasionar perda de controlo em voo.

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Em Londrina, nenhum caso grave foi registrado no ano. As principais consequências relatadas pelos pilotos são de distração. No dia 29 de março, às 22h40, um voo da Passaredo precisou arremeter devido ao ofuscamento intenso dos dois pilotos. Três outras aeronaves reportaram os mesmos tipos de ataques de duas fontes de laser no mesmo dia.

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Desde fevereiro o Cenipa abriu um canal de comunicação no site para receber as notificações. A emissão de laser verde pode ser informada por qualquer pessoa.


Segundo o Cenipa, estatísticas da Boeing indicam que a maior parte dos acidentes aéreos acontecem na fase de aproximação e pouso, quando há incremento da carga de trabalho na cabine do avião. O risco acontece porque a luz verde do laser é forte para afetar a segurança de voo, dificulta a leitura dos instrumentos no painel e a visão do ambiente externo para conduzir a aeronave.


A ação de apontar a caneta laser para um avião pode ser enquadrada como crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, porém caso haja um acidente com mortes, o responsável pode ser condenado a até 12 anos.

Apesar da identificação das áreas de onde são emitidos os lasers, em Londrina, nenhuma pessoa foi localizada e presa neste ano.


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