Há 37 anos, a Banca Tito funciona no mesmo local: Rua Piauí, bem próximo à Concha Acústica. Seu dono, José Tito de Souza, recebeu no último dia 14 uma intimação da CMTU para que deixasse o local em 30 dias. "Dá impressão que é mentira", conta. "Não sei o que vou fazer se eu perder a banca". O ofício informava que os pedidos de defesa de todos os proprietários de quiosques no Calçadão haviam sido indeferidos.
A banca de José é um dos 38 quiosques notificados pela CMTU que vão ter de deixar de existir. Inconformado, o comerciante está organizando um abaixo-assinado que pretende encaminhar ao presidente da CMTU, André Nadai, quando tiver assinaturas suficientes. "Já consegui umas duzentas, mas mesmo assim não tenho muita esperança", diz.
Ele conta que conversou com Nadai recentemente para explicar a sua situação e que ouviu da boca dele que não tem outro jeito: vai ter de sair. "Ele disse que posso prorrogar o máximo que eu conseguir, mas que uma hora vou precisar desmanchar a banca".
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Próximo do desemprego, o comerciante está inconformado e diz que não entende a ação da CMTU. "Eles vão fazer a gente sair e depois abrir a licitação pra dar os quiosques pra outros. Então qual é a diferença?", questiona. "Eles deveriam, pelo menos, dar para os mesmos".
A nova licitação não vai ser aberta para o mesmo número de comerciantes. Apenas 20 novos quiosques poderão ser instalados após a reforma do Calçadão.
