O Secretário de Defesa Social de Londrina, Benjamin Zanlorenci, e o chefe de cabinete, tenente Marco Aurélio Mota, foram exonerados dos cargos na tarde desta segunda-feira (22), depois de ser anunciado o resultado final da auditoria interna que apurou irregularidades na contratação de uma empresa sul-matogrossense para treinar os guardas municipais.
O relatório da auditoria foi lido pelo controlador Luiz Nicácio e apontou pagamento de R$ 39 mil para execução de curso de 66 horas de tiros para a primeira turma da Guarda. Na prática, as aulas não foram realizadas. A Controladoria pede devolução do dinheiro pago e abertura de sindicância.
O documento foi encaminhado à secretaria de Gestão Pública para providências. "Vamos abrir um processo de penalidade contra a empresa, torná-la inedônea e pedir o valor dessa diferença de contas", disse o secretário Marco Cito.
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Zanlorenci foi nomeado secretário municipal no dia 22 de outubro de 2009. Ele é 1º Tenente da Reserva do Exército Brasileiro e atuava como assessor técnico da ONU.
'Não sabia'
Ao anunciar a saída de Zanlorenci em entrevista coletiva, o prefeito Barbosa Neto elogiou o agora ex-secretário, e declarou que não tinha total conhecimento sobre os termos do contrato. "Eu não sabia destas ações que estão sendo contestadas. Todos os secretários são responsáveis pelos seus atos. A assinatura era dele, que tinha a responsabilidade de cuidar desses contratos. Se eu não adotasse essa posição, estaria também ocorrendo em erro. Estamos sendo o mais transparente possível", declarou o prefeito.
Barbosa garantiu que ainda não pensou em substitutos para o cargo. "Colocaremos provisoriamente alguém que conheça profundamente a guarda. Zanlorenci tinha um currículo invejável. Tive o prazer de ver a seriedade com que ele montou essa guarda. Espero que isso não vá manchar o trabalho realizado até agora", completou.
Sobre a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que pode ser aberta em votação nesta terça-feira na Câmara de Vereadores, Barbosa defendeu autonomia aos edis. "Essa é uma decisão que a Câmara, que é soberana, deve tomar. Eu cumpri com a minha obrigação", esquivou-se.