A Câmara Municipal pode pedir a suspensão do concurso para a guarda municipal de Londrina. As provas ocorrem neste domingo (6). A justificativa é pela pressa da assinatura do contrato, falta de experiência da contratante (Iprocade, de São José dos Pinhais) em realizar provas e preço elevado.
Durante o grande expediente, o vereador Marcelo Belinati (PP) levantou a questão ao apresentar aos demais pares resposta do pedido de informação feito à Prefeitura. "A empresa foi fundada em dezembro de 2008, fez só dois concursos. O preço contratado (mínimo de R$ 200 mil) está acima do praticado pelo mercado. O processo de contratação demorou um dia e foi feito com dispensa de licitação, quando a gente sabe que um edital como este leva, no mínimo, 15 dias para ficar pronto. Enfim, tudo foi feito no afogadilho", criticou.
A Câmara convidou o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, para exposição dos fatos. Ele deve comparecer na sessão de quinta-feira (3). "Concurso publico mexe com esperança das pessoas, que batalham por emprego, e tem essas incoerências no processo sem justificativa plausível", questionou.
Leia mais:
Livre Teatro estreia novo espetáculo em Londrina neste final de semana
Londrina EC promete ter até 15 reforços para disputar o Campeonato Paranaense
Quarta-feira será de tempo instável e temperatura amena em Londrina e na região
Confira o cardápio do Restaurante Popular de Londrina desta quarta-feira
A Comissões de Constituição e Justiça e Finanças podem pedir, junto ao Tribunal de Justiça, suspensão do concurso.
Marco Cito rebateu as acusações. "Só tenho a lamentar. Estão fazendo política com a segurança da cidade. A celeridade (do processo) foi entre o parecer e assinatura do contrato, porque havia possibilidade jurídica e administrativa para isso. Infelizmente, essa questão entrou no processo político e eleitoral. Tenho a mais absoluta tranquilidade sobre a legalidade do certame", explicou.
Ele também falou sobre o custo questionado pelos vereadores. "Tenho orçamentos com valores três vezes superior ao contratado, inclusive colocamos uma cláusula de risco (com mais de quatro mil inscritos a prefeitura apenas repassaria o valor das taxas à contratante). Concurso teve custo zero para a prefeitura", salientou. Marco Cito confirmou que vai à Câmara na quinta-feira explicar as questões aos parlamentares. "São dúvida simples geradas pela falta de conhecimento", concluiu.