A servidora pública da Secretaria de Educação, Lucimara Campos Carrer, entrou com uma notícia crime no 4º Distrito Policial contra o vereador Rony Alves (PTB). Ela também protocolou uma representação na Câmara pedindo a quebra de decoro parlamentar de Alves.
De acordo com o advogado da funcionária de carreira, Fábio Gregório, Alves teria desrespeitado sua cliente em fevereiro deste ano, durante trabalhos da chamada Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação. "Depois de ligar para Lucimara e perguntar sobre onde os livros didáticos objetos de investigação estavam armazenados, ele foi até a secretaria para desacatá-la. O vereador gritou, ameaçou pedir a demissão da servidora, sempre se colocando como o presidente da CEI da Educação", contou o defensor à rádio CBN Londrina.
Segundo o advogado, o parlamentar pode responder por desacato ao funcionário público no exercício de sua função. Vale lembrar que Lucimara Carrer é uma das pessoas citadas no relatório final da comissão de inquérito como responsáveis pelas irregularidades constatadas na compra de livros didáticos com conteúdo racista e uniformes escolares. O documento será votado pelos vereadores na sessão desta quinta-feira (23) da Câmara. O defensor da servidora negou que está tentando mudar o foco da situação. "O parlamentar ofendeu minha cliente e precisa responder por isso."
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O vereador Rony Alves, por sua vez, negou que constrangeu Lucimara Carrer. "Se isso aconteceu em fevereiro, por que ela só entrou com a ação agora, às vésperas da votação do relatório da CEI?", indagou o parlamentar. Além da servidora, a comissão responsabiliza os ex-secretários Karin Sabec, Marco Cito e Fábio Góes e o prefeito cassado Barbosa Neto (PDT) pelas irregularidades constatadas na área da Educação. (com informações da rádio CBN Londrina)