Desde o início da nova gestão, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) realiza auditoria em todas as cooperativas responsáveis pela coleta do lixo reciclável em Londrina. Devido a diversas denúncias de irregularidades, há 15 dias a CMTU abriu uma investigação especifica contra a Cooperativa de Recicladores de Londrina (Coprelon), que atende cerca de 77 mil lares da cidade.
Em entrevista ao Paraná TV - 1º edição, da RPC TV, o diretor de Operações da CMTU, Gilmar Domingues Pereira, disse que a principal irregularidade encontrada na Coprelon é a fixação dos salários dos funcionários, o que, segundo ele, fere o conceito de cooperativismo.
"O que nos chamou a atenção é que o modelo adotado para divisão dos recursos que são oriundos das vendas dos produtos recicláveis não estão sendo partilhados no sistema de cooperativismo e os salários foram fixados. Temos salários altos comprovados inclusive com holerites. Salários que chegam a R$ 3,5 mil. Isso nos chamou a atenção e começamos então o processo de investigação, processo administrativo que tramita internamente na CMTU".
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Pereira revelou quem estaria recebendo os maiores salários. "São algnus coordenadores de alguns barracões".
Além disso, a CMTU levantou outras irregularidades também nas demais cooperativas. Entre elas, veículos sem condições de estarem circulando pela cidade e até motoristas trabalhando sem habilitação.
"Encontramos circulando veículos que estão bloqueados judicialmente. Demos um prazo de três dias para que eles promovam a substituição desses veículos. Pessoas inclusive que não estavam habilitadas para dirigir caminhões estavam fazendo essas manobras. A CMTU determinou nesse caso a substituição a imediata".
O diretor de Operações confirmou que a CMTU verifica ainda se os recicladores não estariam recebendo pagamentos atrasados. Por ano, a prefeitura repassa cerca de R$ 10 milhões às cooperativas. Assim, Gilmar Domingues Pereira justificou a auditoria.
"Sistema que está custando muito caro ao município e que não está atendendo a comunidade, por isso a necesidade de intervenção que a CMTU está realizando neste momento".
O resultado da auditoria, assim que encerrada, deve ser repassado ao presidente da companhia e também ao Ministério Público.
À reportagem do Paraná TV, o presidente da Coprelon, Maurício Montezini, confirmou que há diferenças salariais definidas pelos próprios cooperados. Ele adiantou ainda que as outras irregularidades, como a dos veículos sem condições de uso, estão sendo sanadas. No entanto, ele refutou a denúncia de que motoristas estariam trabalhando sem habilitação. (com informações do Paraná TV 1º edição / RPC TV)