O novo presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Carlos Geirinhas, assumiu o cargo nesta sexta-feira (4) e prometeu retomar a discussão sobre o aumento na tarifa do transporte coletivo em Londrina. Ele não descartou a possibilidade de aumentar o preço da passagem já no início deste ano. "O reajuste será feito se houver necessidade", disse.
As empresas do transporte coletivo alegam que estão sem reajuste desde fevereiro de 2011 e pedem a revisão da planilha de custos do serviço. A solicitação foi protocolada na CMTU em maio do ano passado pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon). No mês de novembro, a diretoria de Trânsito da companhia resolveu adiar a discussão para janeiro deste ano. "Vamos retomar a revisão da planilha o quanto antes. E garanto: se o documento pedir o reajuste, vamos detalhar o que justificaria o aumento e a comunidade vai ficar sabendo com antecedência", destacou Geirinhas.
De acordo com ele, "ainda não há prazo para análise". "Mas é uma das nossas prioridades", garantiu. Atualmente, o londrinense paga R$ 2,20 pela passagem de ônibus. O valor real é de R$ 2,35, mas o município paga R$ 6 milhões por ano às empresas para subsidiar R$ 0,15 da tarifa e manter o preço atual.
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Uma mudança, no sistema de arrecadação de impostos das empresas, também pode fazer com que o preço da passagem continue o mesmo em Londrina. A nova lei federal retira 20% do valor pago às companhias referentes ao INSS e cria a tributação de 2% sobre o faturamento. "Vamos levar em conta a mudança, mas ainda é muito cedo para dizer algo", limitou-se a dizer o novo presidente da CMTU.
Multas
Geirinhas também prometeu concluir o trabalho de auditoria das multas canceladas irregularmente pela companhia. O trabalho teve início no ano passado. Pelo menos quatro agentes estariam envolvidos. "Vou tomar pé da situação e abrir um processo administrativo, para punir os servidores, se for necessário", disse.
Contratos emergenciais
O novo presidente da CMTU garantiu ainda que vai ter cuidado redobrado com os contratos emergenciais mantidos pela companhia. São acordos para varrição, coleta de lixo doméstico, limpeza pública, entre outros. "Vamos cuidar para que os serviços não sejam paralisados. Temos tempo para abrir as licitações e tornar o atendimento melhor à população", argumentou.
Geirinhas admitiu que os processos são complexos. "Os contratos abrangem áreas muito grandes. E é por isso que o cuidado precisa ser redobrado", concluiu.
(Atualizado às 17h47)