Representantes de quatro secretarias municipais devem visitar daqui a pouco, às 11 horas, o grupo de famílias que invadiu uma área de fundo de vale localizada na Rua Flor de Jesus, quase na esquina com a Avenida Santa Terezinha, na Vila Ricardo, zona leste. A princípio, a informação era que as 19 famílias tinham ocupado uma área destinada a um posto de saúde.
O presidente da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab), João Verçosa, disse que na reunião os secretários vão deixar clara aos moradores a posição do município sobre a invasão: "Eles terão que sair de lá e voltar para o seu local de origem ou, então, adotaremos as providências legais para a reintegração de posse".
Verçosa disse que o plano é respeitar a lista de inscrição na Cohab para a casa própria e que invasões não serão utilizadas como moeda de troca para obter terrenos. "Vamos trabalhar para superar o déficit habitacional com recursos do município e através do governo federal com o programa 'Minha Casa, Minha Vida", explicou.
Massa de manobra
As invasões em começo de governo acabaram se tornando uma prática comum em Londrina e, normalmente, têm fundo político. Para Verçosa, é exatamente isso o que está ocorrendo. "Muitas vezes, grupos políticos utilizam-se da boa-fé dessas pessoas que têm interesse legítimo em conseguir a casa própria; elas acabam se tornando massa de manobra", afirmou sem, no entanto, revelar quais seriam esses 'grupos políticos'. "Até casos de estelionatários que 'vendem' áreas públicas para pessoas desinformadas".
Devem participar da reunião além de Verçosa, representantes das secretarias de Ação Social, do Ambiente e da Obras.