As comissões de Justiça e de Finanças da Câmara Municipal de Londrina concederam pareceres contrários ao projeto do prefeito Barbosa Neto (PDT) que reajusta valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); em alguns, a nova planta de valores – que considera a valorização dos imóveis, prevê reajuste de até 500%.
O prefeito tem argumentado que muito imóveis se valorizaram muito desde 2001, quando foi aprovada a última planta de valores. Segundo ele, o valores elevados seriam apenas para imóveis localizados em regiões nobres, como a gleba Palhano, na zona sul.
No entanto, Joel Garcia (PDT), presidente da Comissão de Justiça, diz que aumentos de até 300% se estendem a regiões "menos nobres", como a Avenida Saul Elkind (zona norte), Avenida Arthur Thomas e outras avenidas e bairros da zona oeste.
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"Na zona sul, o Shopping Catuaí que hoje paga R$ 400 mil de IPTU passaria a pagar, se a nova planta for aprovada, R$ 1,2 milhão; isso traria demissões e prejuízos", afirmou Joel Garcia. Segundo ele, hoje Londrina tem o segundo IPTU mais elevado do sul do país, perdendo apenas para a capital catarinense, Florianópolis. "O cidadão paga mais caro para morar em Londrina do que em Curitiba", ilustrou.
Estudo citado pelo vereador demonstra que o dono de imóvel em Londrina paga, per capita, R$ 215 de IPTU. "Demos parecer contrário à nova planta de valores porque o imposto já é muito elevado em Londrina. A comissão de Finanças (presidida pelo vereador Roberto Fortini) também concedeu parecer contrário", disse Joel Garcia.
Em 2009, foram lançados R$ 120 milhões em IPTU; até agora, R$ 70 milhões teriam sido arrecadados, disse o vereador. (Com informações da Rádio Paiquerê AM).