O mau tempo vai adiar mais uma vez a saída do papel de uma antiga e necessária reivindicação de Londrina- a Ala de Queimados do Hospital Universitário.
O governador Roberto Requião assinaria, às 15 horas, no Anfiteatro do Hospital Universitário, o contrato para o início das obras. Porém, a falta de teto no Aeroporto de Curitiba impede que o governador embarque para Londrina.
A Ala de Queimados, a primeira a ser construída no interior do Estado - terá um espaço físico de 942,93 metros quadrados e valor orçado em R$ 2.269,541 milhões. O espaço vai contar com 6 leitos pediátricos, 4 leitos de adulto, 6 leitos de UTI e duas salas cirúrgicas.
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O setor para queimados será construído no espaço onde já funcionou uma maternidade do Hospital e onde hoje está instalada a Capela.
A reivindicação de um setor de atendimento para queimados é antiga em Londrina, e ganha corpo sempre que acontece uma tragédia na cidade. Entre os casos mais recentes e de maior repercussão estão a morte da empregada doméstica Maria Sueli Pereira, em maio de 2003. Ela sofreu queimaduras graves durante um incêndio em sua casa e ficou uma semana aguardando transferência para o Hospital Evangélico de Curitiba único no Paraná que dispõe de uma ala para queimados. A espera foi fatal para Maria Sueli.
Em junho do ano anterior a falta de atendimento especializado também agravou o quadro clínico do açougueiro Franklin Leandro da Cruz Gonzaga, 23 anos, que faleceu após permanecer nove dias internado sendo os quatro primeiros na Santa Casa de Londrina com mais de 70% do corpo queimado. Ele foi vítima de uma explosão provocada por um vazamento de gás, num açougue da Rua Santos (área central). Junto com Franklin estava seu patrão, Ailton de Albuquerque Júlio, na época com 33 anos. Por se encontrar em estado mais grave, Júlio foi transferido para o Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, e sobreviveu.
Fonte: Notícia Digital/UEL e Folha de Londrina