A morte da menina Carolayne Alves Rocha, 1 ano e cinco meses, na madrugada deste sábado, em Londrina, revoltou os pais que registraram queixa na Polícia, por suspeita de erro médico. A criança segundo a mãe, Aline Maria Alves Lelis, 22 anos, foi levada na quinta-feira, por volta das 13h30 ao Pronto Atendimento Infantil (PAI) pois apresentava sinais de gripe, com vômito e indisposição.
Uma médica que teria atendido Carolayne, de acordo com a mãe, solicitou uma radiografia dos pulmões por suspeitar que a criança estivesse com pneumonia. O exame teria sido levado ao Hospital da Zona Norte para ser revelado. Até a chegada do resultado do exame, a criança ficou em observação. Quando chegou o resultado, por volta das 17 horas, uma outra médica, Maria das Graças Redmershi, teria informado a mãe da necessidade de internação da menina e receitou a aplicação de soro, Plasil injetável e ampicilina.
A mãe observou que assim que recebeu a medicação a criança ''apagou''. Durante toda a madrugada a mãe tentou acordar a criança sem sucesso. Por diversas vezes ela pediu à medica que verificasse o estado da criança e esta, segundo ela, teria debochado da suspeita da mãe e dito apenas que a menina estava sedada devido aos vômitos.
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Sexta-feira à tarde, por volta das 15h30, Maria das Graças deu alta a Carolayne, que permanecia desacordada. Para os pais, a médica teria dito que não havia motivos para preocupação pois o bebê não vomitava mais e dormia devido ao efeito do remédio.
Maria das Graças receitou Rinossoro, ampicilina, Dramin e inalação para a menina, mas os pais garantem que não a medicaram mais depois que deixaram o pronto atendimento.
Em casa os pais continuaram na tentativa de reanimar a filha sem sucesso. Preocupados eles voltaram com a criança ao PAI, por volta das 20 horas, e mais uma vez teriam sido orientados a retornar para casa. Durante a madrugada de ontem os pais resolveram levar a criança ao Hospital da Zona Sul, onde ela chegou morta. O médicos tentaram reanimá-la por quase uma hora. No hospital a causa da morte foi dada como desconhecida. ''Ela deu o último suspiro nos meus braços'', chorava a mãe.
O corpo de Carolayne foi autopsiado no Instituto Médico-Legal de Londrina. Os legistas recolheram material dos pulmões, fígado, estômago e rins e encaminharam para análise em Curitiba.