Cerca de 70 entidades da sociedade civil organizada de Londrina realizam nesta quinta-feira, no calçadão, o "Dia D" contra a violência em Londrina. A partir das 10h, todos os manifestantes devem vestir uma camiseta preta e ir até ao local para reivindicar melhorias na área de segurança da cidade.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Segurança Comunitária, Claudio Espiga, a intenção é cobrar do governo do estado maior atenção à cidade, principalmente no que se refere ao aumento do efetivo policial. "Tentamos de várias formas levar estes problemas para o secretário de Segurança, mas ele se nega a falar conosco", reclama Espiga, lembrando que a cidade conta apenas com 900 policiais quando o ideal, segundo o conselho, seria um efetivo de dois mil policiais.
No entanto, algumas entidades de peso da cidade não estarão presentes no protesto. A Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), que esteve à frente do movimento "Chega de Luto" em 2007, não vai apoiar o movimento. Segundo o presidente da Associação, Marcelo Cassa, o protesto tem cunho político. "A ACIL respeita movimento, mas não apoiamos porque acreditamos que é a hora errada. Londrina vive um momento único de união das entidades no desenvolvimento de políticas públicas. Estamos maduros o suficiente e temos o respeito para reivindicar os direitos. Uma manifestação em final de mandato paece uma ação sem resultado", afirma Cassa em entrevista à repórter Claudia Lima, da CBN Londrina.
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A Comissão de Segurança da Câmara de Londrina também não apoia a iniciativa. Segundo o presidente da comissão, vereador Ivo de Bassi (PTN), as reivindicações precisam ser entregues direto para o governo do estado.
Já a subseção Londrina da OAB participará do evento. "A carência de efetivo policial é comprovada pelas estatísticas. Entendemos que é louvável que a sociedade civil organizada tome esta iniciativa para cobrar um direito legítimo da população londrinense", afirma o presidente Elizandro Pellin.
Segundo estatísticas do Conselho de Segurança, em 2009, Londrina teve 25,45 mortos para um grupo de 100 mil habitantes. São Paulo, por exemplo, fechou o ano com média de 11,23 mortes.