O fiscal de contrato da Sercomtel, Izaltino Toppa, foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado. A ação foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) à 1.ª Vara Criminal de Londrina na terça-feira (22).
Inquérito concluído pelo Ministério Público (MP) aponta que o acusado usou veneno de rato para adulterar remédios para resfriado e tentar matar o colega de trabalho, João Carlos Berdinelli. O também fiscal de contrato da Sercomtel chegou a tomar o medicamento 'batizado' e só não morreu por que foi socorrido por um vizinho. A tentativa de homicídio aconteceu no mês passado.
A ação aponta, ainda, que Toppa cometeu a tentativa de homicídio para tentar encobrir suposto crime praticado por ele dentro da Sercomtel. "Os elementos iniciais apontam pela possibilidade de que a execução do ilícito teria tido o objetivo de assegura a impunidade de um crime anterior", reiterou o promotor do Gaeco, Claudio Esteves, em entrevista à rádio Paiquerê AM.
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O promotor destacou que as investigações da motivação terão continuidade na 1.ª Vara Criminal "durante a instrução processual". Na ação, o Gaeco também pede que a prisão temporária de Toppa seja transformada em preventiva.
O acusado está preso desde o dia 26 de setembro. Ele foi detido logo após ter denunciado, também ao Gaeco, que teria sido extorquido por cinco pessoas - já presas e denunciadas pelo MP.
De acordo com as investigações, Toppa teria contratado os estelionatários para matar Berdinelli. Quando se viu chantageado por eles, o fiscal preferiu denunciar a situação ao Gaeco e tentar, por conta própria, cometer o homicídio contra o colega de trabalho.
O fiscal pode ser condenado a até 30 anos de prisão.
Terceiro inquérito
O Gaeco também investiga um suposto desvio de dinheiro público da Sercomtel. Investigações preliminares apontam prejuízo de até R$ 600 mil aos cofres da telefonia. As irregularidades teriam sido cometidas entre os anos de 2008 e 2009 através do contrato firmado entre a estatal e a empresa Solterc.
Sindicância aberta em 2010 pela própria Sercomtel aponta que a terceirizada usou cheques sem fundos para pagar por cartões pré-pagos e de orelhões.
O setor de fiscalização de contratos da estatal, onde Toppa e Berdinelli trabalham, teria facilitado o esquema. O caso está sendo investigado pelo Gaeco e pela própria Sercomtel, que reabriu a apuração após a situação chegar ao Ministério Público.