Em uma reação à lei seca do prefeito Marcelo Belinati (PP), moradores de Londrina marcam para o domingo (29) uma Marcha da Cachaça. O evento, organizado no site de relacionamentos Facebook pelo grupo denominado "Politiza Londrina", está previsto para começar às 15h na Avenida Higienópolis – apesar de não haver um ponto de referência, a rotatória do cruzamento da via com a Avenida Juscelino Kubitschek é frequentemente usada como ponto de concentração para manifestações. Os números de pessoas que confirmaram presença e que declararam interesse no evento saltou de 283 e 394, respectivamente, por volta das 16h30 da terça-feira (25) para 1,5 mil participantes e outros 1,9 mil interessados.
Na descrição do evento, os organizadores afirmam que projeto de lei semelhante apresentado em Cascavel (Oeste) foi julgado inconstitucional porque, segundo os organizadores, "restringe o direito de liberdade individual, sobretudo porque a ingestão de bebida alcoólica, além de ser lícita é socialmente aceita". O chamado para o evento ainda ressalta que o problema não seria o consumo de bebida, mas "o barulho e o descarte incorreto de latas e garrafas".
A "lei seca", que proíbe consumo de bebidas alcoólicas nas ruas e praças públicas, foi aprovada pela CML (Câmara Municipal de Londrina), mas ainda não foi sancionada por Belinati, que pediu um parecer à Procuradoria-Geral do Município. A administração municipal ainda precisa definir como vai identificar e aplicar multas, que podem chegar a R$ 1 mil, para quem for flagrado transgredindo as regras legais. O prazo para sanção é 1º de agosto, três dias após a Marcha da Cachaça.