Na última segunda-feira (12), um homem foi detido por ter desacatado um agente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Na ocasião, foi informado que ele desobedecera uma ordem de tirar o carro de cima da calçada e após isso passou a discutir com o funcionário da companhia, na avenida Duque de Caxias, em Londrina.
Nesta quinta-feira (15), em entrevista ao Portal Bonde, Raul Diógenes Junior explicou a sua versão. Ele relatou que estava com o carro quebrado em frente a uma oficina, a espera de um mecânico para recolher o veículo e efetuar o conserto. No mesmo instante, um agente passou e estacionou o carro próximo ao dele, insistindo para que o carro fosse retirado imedidatamente.
Raul tentou explicar que o carro estava quebrado, por isso precisaria de ajuda para desobstruir a passagem. Mesmo com o argumento, o agente insistiu e retirou o bloco de notas para fazer uma autuação, anotando a placa da veículo parado.
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Neste instante, o homem confirmou que se alterou e passou a discutir com o fiscal de trânsito. Com toda a confusão armada, ele foi retirado do local por funcionários da oficina. Eles orientaram-no para fosse até a 10ª Subdivisão Policial, na área central da cidade, prestar uma queixa sobre a situação.
Conforme Raul, quando ele estava saindo do estabelcimento, diversos outros agentes da CMTU já estavam no local. A Polícia Militar também foi chamada e encaminharam-no para a delegacia em uma viatura para depor. Lá, ele ficou por cerca de três horas, onde foi ouvido e liberado após assinar um termo circunstanciado.
Raul contou que se sentiu incomodado pela situação, pois em momento nenhum alguém dialogou com ele, contornando a confusão.
"Não estou certo em ter discutido com o agente, mas a situação não precisava tomar esta proporção. O que eu precisava era de ajuda, para resolver logo o problema".
Além disso, na delegacia, ele contou que quis conversar com o diretor de trânsito da CMTU, Wilson de Jesus, mas não conseguiu. Disse também que quis pedir pedir desculpa ao agente, mas em vão.
Desconfortável com o que aconteceu, ele reclamou da abordagem do agente da CMTU. No seu entendimento, a postura seria de orientação, de ajuda, e não de repressão.
"Os agentes também precisam respeitar a população, eles não são intocáveis".