Diante das reclamações de demora e falta de funcionários, a Secretaria Municipal da Saúde de Londrina estuda a possibilidade de transformar o posto de saúde do Conjunto Armindo Guazzi (zona leste) numa unidade 16 horas. O obstáculo, segundo a diretora de ações em saúde, Brígida Gimenez Carvalho, é a impossibilidade de aumentar o número de funcionários.
Ontem, representantes do Conselho de Saúde local passaram o dia em frente ao posto informando a comunidade sobre a proposta de fechamento da unidade aos sábados. Segundo o presidente da entidade Imeciro Lopes, a idéia é do Sindicato dos Servidores Muncipais (Sindserv) que defende o interesse dos funcionários. "O atendimento hoje já é insuficiente. Se o posto fechar aos sábados ficará pior ainda", disse Lopes.
A unidade do Conjunto Armindo Guazzi atende mais de 15 mil pessoas que moram em 42 bairros da região. De segunda à sexta-feira, ele funciona das 7 horas às 19 horas e aos sábados das 7 horas às 17 horas. De acordo com Brígida, este é o único dos 34 postos 12 horas da cidade que funciona aos sábados e que dispõe de mais funcionários. Embora afirme que lá trabalham 15 pessoas, um funcionário que não quis se identificar disse que na prática são cinco de manhã e cinco à tarde. "Sempre há alguém de férias ou de licença. Além disso, os funcionários que trabalham ao sábado folgam durante a semana. O problema é que isso sobrecarrega a equipe que atende 200 pessoas por dia de segunda a sexta-feira e no final de semana o número de atendimentos não passa de 25", justificou.
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Para o diretor do Sindserv Mário Alves de Oliveira, o Conselho de Saúde está equivocado. De acordo com ele, a proposta do sindicato é consultar a comunidade sobre o fechamento aos sábados. "Na verdade, o que todos queríamos era que o posto tivesse mais funcionários e permanecesse aberto por mais tempo. A sugestão foi apenas uma alternativa para solucionar o problema da demanda durante a semana", afirmou.
As donas-de-casa Sônia Barbosa de Albuquerque Castro e Terezinha de Jesus Costa disseram que sempre foram bem atendidas e não têm reclamações do posto. Embora nunca tenham procurado atendimento no sábado, elas concordam que ele deve ser mantido. "Seria bom que funcionasse até aos domingos", disse Sônia. Ontem de manhã as duas esperavam consulta com o ginecologista, mas a unidade oferece também clíncio geral, pediatra e dentista. Quando ela não funciona, a população é obrigada a recorrer ao Hospital Universitário (HU) ou aos postos do centro da cidade.