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Londrina

Hospital Evangélico faz acordo para pagar salários atrasados

Redação - Folha de Londrina
16 abr 2003 às 18:17

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A direção do Hospital Evangélico e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Londrina (Sinsaúde) chegaram a um acordo em relação ao atraso no pagamento de salário dos 980 funcionários do hospital.

Em audiência realizada na 2ª Junta do Trabalho, no último dia 10, ficou acertado que a partir de maio, o pagamento será feito até o quinto dia útil do mês.

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De acordo com a presidente do Sinsaúde, Ana Maria da Cruz, o atraso no pagamento, que vinha se sucedendo nos últimos 18 meses, levou o sindicato a ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho solicitando o bloqueio no repasse de convênios para o hospital até o limite necessário para fazer o pagamento, algo em torno de R$ 550 mil.

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Segundo ela, antes de tomar uma decisão, o juiz da 2ª Junta, Maurício Mazur, convocou as partes e o acordo foi fechado.

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Ana Maria esclarece que, conforme o acordo, se o hospital não efetuar o pagamento até o 5º dia útil, o sindicato entrará em contato com o magistrado, que previamente determinou o bloqueio no repasse dos convênios para o hospital com o Sistema Único de Saúde (SUS), Unimed e Capismel, para que o pagamento seja efetuado.


A decisão vale tanto para pagamento de salários, como de férias e 13º salário. ''Apenas esses três convênios são suficientes para pagar os funcionários'', diz.

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Além disso, se o hospital atrasar o pagamento dois meses consecutivos ou três alternados, será penalizado a pagar uma multa no valor de 1% da folha de pagamento, por dia de atraso, ao sindicato. A presidente afirma que o dinheiro será dividido entre os funcionários do hospital.


A mesma penalização será imposta ao Sindisaúde, em caso de realização de protestos, mesmo com os compromissos do hospital sendo rigorosamente cumpridos.

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Ana Maria lembra que no período em que houve atraso de salários, foram realizados vários protestos e até mesmo paralisações temporárias do atendimento no hospital.


Ela considerou bastante positivo o acordo. ''Isso dá tranquilidade para todos trabalharem. O mais importante é que a população não será mais afetada'', ressalta.


O diretor geral do Hospital Evangélico, Antônio Carlos de Assis Ribeiro, explica que o atraso no pagamento era consequência de dívidas trabalhistas, que mensalmente oneravam os gastos em cerca de R$ 300 mil.

Ele completa que o acordo com o sindicato só foi possível, porque o juiz determinou que em caso de penhora, os funcionários terão privilégios para receber seus salários. Com a decisão, o pagamento de dívidas trabalhistas não poderá superar R$ 100 mil, por mês. A receita mensal do hospital gira em torno de R$ 1 milhão.


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