A direção do Hospital Evangélico e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Londrina (Sinsaúde) chegaram a um acordo em relação ao atraso no pagamento de salário dos 980 funcionários do hospital.
Em audiência realizada na 2ª Junta do Trabalho, no último dia 10, ficou acertado que a partir de maio, o pagamento será feito até o quinto dia útil do mês.
De acordo com a presidente do Sinsaúde, Ana Maria da Cruz, o atraso no pagamento, que vinha se sucedendo nos últimos 18 meses, levou o sindicato a ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho solicitando o bloqueio no repasse de convênios para o hospital até o limite necessário para fazer o pagamento, algo em torno de R$ 550 mil.
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Segundo ela, antes de tomar uma decisão, o juiz da 2ª Junta, Maurício Mazur, convocou as partes e o acordo foi fechado.
Ana Maria esclarece que, conforme o acordo, se o hospital não efetuar o pagamento até o 5º dia útil, o sindicato entrará em contato com o magistrado, que previamente determinou o bloqueio no repasse dos convênios para o hospital com o Sistema Único de Saúde (SUS), Unimed e Capismel, para que o pagamento seja efetuado.
A decisão vale tanto para pagamento de salários, como de férias e 13º salário. ''Apenas esses três convênios são suficientes para pagar os funcionários'', diz.
Além disso, se o hospital atrasar o pagamento dois meses consecutivos ou três alternados, será penalizado a pagar uma multa no valor de 1% da folha de pagamento, por dia de atraso, ao sindicato. A presidente afirma que o dinheiro será dividido entre os funcionários do hospital.
A mesma penalização será imposta ao Sindisaúde, em caso de realização de protestos, mesmo com os compromissos do hospital sendo rigorosamente cumpridos.
Ana Maria lembra que no período em que houve atraso de salários, foram realizados vários protestos e até mesmo paralisações temporárias do atendimento no hospital.
Ela considerou bastante positivo o acordo. ''Isso dá tranquilidade para todos trabalharem. O mais importante é que a população não será mais afetada'', ressalta.
O diretor geral do Hospital Evangélico, Antônio Carlos de Assis Ribeiro, explica que o atraso no pagamento era consequência de dívidas trabalhistas, que mensalmente oneravam os gastos em cerca de R$ 300 mil.
Ele completa que o acordo com o sindicato só foi possível, porque o juiz determinou que em caso de penhora, os funcionários terão privilégios para receber seus salários. Com a decisão, o pagamento de dívidas trabalhistas não poderá superar R$ 100 mil, por mês. A receita mensal do hospital gira em torno de R$ 1 milhão.