Greves, fechamento de pronto-socorro, superlotação, falta de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Entre tantos contratempos e dificuldades, o Hospital Universitário (HU) comemora nesta sexta-feira seus 32 anos de atividades, mostrando que continua sendo uma das principais referências na área de saúde do Estado.
O HU é responsável hoje pelo atendimento de pacientes de Londrina e de outros 20 municípios da região, população de 1,5 milhão de habitantes. Somente em 2002, o HU realizou 102 mil atendimentos ambulatoriais e 58 mil no pronto-socorro. ''Em 32 anos de atividade, realizamos 2,3 milhões de atendimentos ambulatoriais e registramos o nascimento de 51,3 mil crianças. O HU é a paixão de muitos (médicos) que começaram a vida acadêmica e profissional aqui'', disse o diretor-superintendente Francisco Eugênio.
Para Eugênio, a participação da comunidade é imprescindível para a busca de melhorias. ''Nossa estrutura pode melhorar se a comunidade entender que ela é dona do HU. Nós apenas cuidamos do patrimônio''.
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Para marcar o aniversário, funcionários participaram hoje de um culto ecumênico, no anfiteatro do hospital. A Câmara Municipal também homenageou o HU e na noite desta sexta oferece à instituição a Comenda Ouro Verde ''pelo reconhecimento à sua importância para a cidade e região''.
''A linhas periféricas (atendimento descentralizado que abrange distritos rurais) foram modelos assistenciais para o Paraná e outros estados. O Brasil todo também se beneficiou com os profissionais que saíram daqui'', observou o vereador, médico e autor do projeto que concedeu a homenagem, Tercílio Turini (PSDB).
Turini, que também já foi diretor superintendente (entre maio de 1986 e junho de 1990), continua trabalhando no local onde ele considera ''projeto inacabado'', já que os problemas e conquistas devem continuar complementando a história do hospital. ''O HU precisa de instalações mais modernas, de enfermarias maiores'', disse Turini, que coincidentemente faz aniversário hoje.
Está prevista para as próximas semanas o cadastramento junto ao Ministério da Saúde de mais cinco leitos de UTI. Há planos também de ampliação do pronto-socorro. ''Temos atualmente 26 leitos adultos. Queremos aumentar para pelo menos 38 leitos. Os custos seriam de R$ 2,4 milhões e já foram apresentados ao governo do Estado'', disse Eugênio.