"A Arquidiocese de São Paulo está perplexa não só com a prisão do Padre Silvio (Andrei), mas também em relação às acusações que pesam contra ele", revelou na manhã desta segunda-feira (17) o porta-voz da Arquidiocese de São Paulo, Padre Antônio Aparecido Pereira, em entrevista ao Bonde.
Segundo o pároco, a Arquidiocese não irá se manifestar sobre o caso até que sejam levantados todos os esclarecimentos sobre o fato. "Não podemos tomar atitudes só pelo o que a imprensa noticiou, temos que aprofundar. A Igreja não quer julgar e condenar", justificou.
Questionado se a Igreja designou uma pessoa para investigar o fato, o padre Cido informou que a própria Congregação (Palotina), a qual o Padre Silvio Andrei responde, irá cuidar do caso.
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O porta-voz da Arquidiocese também comentou sobre as medidas que poderão ser tomadas caso sejam confirmadas as acusações contra o Pe. Silvio Andrei: "Para o pecado, o perdão; para o delito, a Justiça e se confirmada alguma patologia, tratamento, podendo chegar a um eventual suspensão do exercício do sacerdócio. A Igreja jamais vai obstruir a Justiça", finalizou.
A reportagem tentou contato com o superior imediato do Pe. Silvio Andrei, mas não obteve sucesso. O Arcebispo de Londrina, Dom Orlando Brandes, estava em reunião na manhã de hoje e não pôde atender a reportagem do Bonde.
No final da manhã desta segunda-feira (17), a Arquidiocese de São Paulo encaminhou uma nota de esclarecimento à redação do Bonde. Confira a seguir, na íntegra.
Nota de esclarecimento
A Arquidiocese de São Paulo recebeu com perplexidade as notícias amplamente divulgadas sobre a prisão, em Ibiporã, PR., de Padre Silvio Andrei Rodrigues, e sobre as acusações a ele imputadas.
Padre Sílvio é sacerdote da Sociedade do Apostolado Católico, mais conhecida como Congregação dos Padres Palotinos, cujo Reitor Provincial, Padre Júlio Akamine, acompanha de perto o caso.
A Arquidiocese de São Paulo deseja que os fatos sejam plenamente esclarecidos, antes de se pronunciar sobre as notícias divulgadas, ou de tomar as providências cabíveis, segundo sua competência.
Em sintonia com a Congregação dos Padres Palotinos, a Arquidiocese de São Paulo deseja que sejam assegurados ao Padre Sílvio os direitos previstos pela Lei, e que sejam evitados o julgamento e a condenação antecipados, sem ainda terem sido elucidados devidamente os fatos e sem que a justiça se tenha pronunciado sobre eventuais delitos.
Arquidiocese de São Paulo
>> Atualizada às 12h36