Depois dos postos de combustível, agora é a vez das lojas iniciarem "guerra ao cartão de crédito". Muitas, por enquanto, só reclamam das altas taxas cobradas pelas administradoras e do tempo que demoram para efetuar o depósito das compras feitas à vista. Outras lojas estão agindo. Em Londrina, a Bonny Confecções decidiu suspender vendas pelo cartão Credicard e colocou um cartaz no estabelecimento, informando seus clientes.
"A taxa cobrada pelo Credicard é de 5% e, muitas vezes, ainda demora até 45 dias para eu receber o valor da compra feita à vista", informa a proprietária da loja, Olga Naka. Ela esclarece que está tentando negociar com a administradora, mas não obteve sucesso até agora. A loja suspendeu vendas pelo cartão há cerca de um mês e meio.
Antonio Carlos Bertin, proprietário da butique Kiko"s, diz que também tem vontade de deixar de receber compras a cartão. "Se pudesse faria isso", afirma. Bertin também critica a legislação brasileira que, na sua avaliação, privilegia as empresas de cartão. "O governo obriga os comerciantes a aceitarem o cartão como se fosse dinheiro vivo e não é. Trata-se de empresas privadas e eles nos cobram juros e ainda demoram para fazer o reembolso", critica.
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A Associação Comercial e Industrial de Londrina lançou, este ano, uma campanha para mobilizar os comerciantes para que negociem junto às administradoras taxas mais baixas. "A reclamação dos lojistas é geral", reforça George Hiraiwa, presidente da entidade, que ainda não tem um balanço do resultado da campanha.