O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, divulgou que o número de casos com canetas com raio laser usadas para atrapalhar voos aumentou quatro vezes em 2011, em relação à 2010. Foram registrados 250 casos neste ano, baseados em relatos dos aviadores.
O Cenipa planeja disponibilizar em sua página na internet, em 2012, um formulário específico para este tipo de ocorrência, que os pilotos utilizar para fazer o relato do incidente. De acordo com o Cenipa, até o mês de novembro deste ano, foram relatados 38 casos em Londrina (PR), 36 no Galeão (RJ), 21 em Vitória (ES), 13 em Campinas (SP), 11 em João Pessoa (PB), 9 em Navegantes (SC) e 9 em Fortaleza (CE).
O Cenipa diz que, embora baixa, existe a possibilidade de se derrubar um avião com uma caneta laser. Caso um piloto seja atingido diretamente nos olhos, pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos, ter cegueira momentânea e a formação de imagens falsas, que numa situação de decolagem ou pouso pode ser crítica.
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Os relatos de ocorrências com laser não são recentes. O primeiro caso relatado ocorreu em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um boeing 737 foi atingido e obrigado a passar o controle dos comandos da aeronave para o copiloto. Ele ficou quatro minutos sem conseguir interpretar os instrumentos.
A brincadeira com raio laser pode render problemas com a Justiça. Utilizar o laser e atrapalhar a navegação área é um crime previsto no Código Penal Brasileiro, de acordo com o Cenipa.