As chuvas intensas das últimas semanas no norte do Paraná causou turbidez nas águas do Rio Tibagi, principal fonte de captação de água da Sanepar para abastecer o sistema integrado Londrina-Cambé. Por isso, o gerente metropolitano da Sanepar, Sérgio Bahls, disse que se as chuvas fortes continuarem, o abastecimento poderá ser prejudicado.
Até ontem (20), havia chovido em Londrina 220 milímetros, segundo medição do Iapar. A média histórica de janeiro é 216 milímetros. Em janeiro do ano passado, choveu 356 milímetros.
Bahls explicou que a turbidez é a coloração escura da água, causada por excesso de partículas. "O tratamento da água é feito separando as partículas sólidas. Conseguimos tratar a água quando ela tem até 1.200 partes por milhão de litros. Acima disso, não é possível. Por isso, a nossa preocupação e o estado de alerta", disse à Rádio Paiquerê AM.
Leia mais:
Confira dicas de segurança para se proteger durante as compras de Natal em Londrina
20 equipes iniciam maratona para criar soluções para uma cidade inteligente
Após reforma e ampliação, Londrina entrega Escola Municipal na Zona Norte
Receita Federal retém R$ 3 milhões em produtos nos Correios de Londrina
Em dias com normais, com chuvas fracas ou com estiagem, a água que vai para a estação de tratamento da Sanepar é de 50 a 60 partes por milhão de litros; hoje, o número era de 500.
Sérgio Bahls disse que o excesso de chuvas leva para o rio partículas que estão nas ruas e o desmatamento das margens – a mata ciliar – também é causa do excesso de turbidez.
Enquanto a situação não se normalizar, aconselhou Bahls, a população de utilizar água racionalmente. "As pessoas devem usar a água tratada somente para as atividades essenciais", recomendou.
Em janeiro de 2010, segundo Sergio Bahls, o excesso de chuvas fez com que 25 mil famílias ficassem sem água por cerca de 12 horas.