A Secretaria da Mulher, juntamente com o Centro de Atendimento à Mulher (CAM), está coletando assinaturas num abaixo-assinado que tem a intenção de reestruturar a Delegacia da Mulher. A intenção é que o atendimento passe a ser feito 24h por dia.
Segundo a diretora de enfrentamento à violência do CAM, Lucimar Rodrigues da Silva, são necessárias 10 mil assinaturas. "Em setembro, quando se comemora a Lei Maria da Penha, vamos entregar o abaixo-assinado ao governador do estado, Beto Richa, e requerer que a delegacia passe a atender 24 horas."
Lucimar disse, ainda, que, segundo a normatização da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, Londrina tem capacidade para abrigar quatro delegacias e a cidade só tem uma. "Por isso, há a necessidade de reestruturar a nossa delegacia. A maioria das violências contra a mulher acontece nos finais de semana."
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Atualmente, a delegacia da mulher funciona no horário comercial e fecha nos finais de semana. "As mulheres têm que procurar os distritos e normalmente são atendidas por delegados homens e perdem a coragem ou ficam constrangidas de fazer o boletim de ocorrência", acrescentou a diretora.
Como forma de levar o abaixo-assinado a toda a população, a Rede está distribuindo as folhas às Universidades, às grandes empresas e, no sábado (11), estará no calçadão para que as pessoas possam participar.
Londrina foi uma das primeiras cidades a ter delegacia da mulher. Desde 1986, o município conta com um lugar onde as mulheres podem relatar sobre a violência sofrida. "A Delegacia da Mulher presta um atendimento diferenciado das outras delegacias. É acolhedor e ali as mulheres contam as suas histórias e são entendidas. Muitas vezes, os delegados acabam tomando as dores dos homens", ressaltou a secretária (com N.Com).