Durante uma das etapas da restauração e remontagem de um dos carros ferroviários de origem belga que estão isolados à visitação pública, na plataforma do Museu Histórico de Londrina, um conjunto de peças decorativas estruturais internas surpreendeu os responsáveis pelo projeto de restauro: o arquiteto e designer Christian Steagall-Condé e o designer Amilton Cardoso.
As chamadas "mãos-francesas", hastes metálicas que apóiam os estrados de madeira dos maleiros suspensos, são de bronze. "Obtivemos apoio de uma empresa local, a Recuperadora Londrina, que restaura rodas de liga leve para autos e,na cabine de jateamento com esferas de vidro, constatamos que foram todas usinadas em bronze".
Composto de cobre com estanho, o bronze é uma das mais antigas ligas metálicas, desenvolvidas pelo homem. Famoso pela sua resistência mecânica, usinagem relativamente fácil, alta blindagem à maresia e à imantados, costuma ser as únicas das peças recuperáveis e íntegras em naufrágios, por exemplo.
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Com esse recente achado, os restauradores irão especificar agora os tipos de polimentos finos das peças em bronze, com posterior envernização, para permitir sua exposição permanente no interior dos carros ferroviários.
O projeto de restauro conta com o apoio do PROMIC, o Programa de Incentivo à Cultura e a maior parte dos investimentos e da mão-de-obra está sendo custeada pela própria UEL, com previsão de finalização e inauguração para breve.
O Museu Histórico de Londrina é um dos Órgãos Suplementares da UEL. Funciona na antiga estação ferroviária da cidade, recebendo visitas de terça à domingo.