O adolescente J.O.T., 15 anos, baleado na quarta-feira (04/05) pela Polícia Militar de Londrina continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa. O hospital confirmou que o risco de o menor fica paraplégico é grande. O adolescente foi baleado durante uma abordagem policial para identificar quatro rapazes que teriam assaltado uma casa no Jardim Maracanã, na noite de quarta-feira. Polícia Militar e testemunhas tem versões divergentes para o caso.
A PM alega que o adolescente foi abordado na rua e que, depois de preso e dentro de uma viatura descaracterizada, teria tentado atirar contra o policial que dirigia o carro. Entretanto, a polícia não soube explicar como o rapaz foi preso sem ser revistado, já que, segundo a PM, ele sacou a arma quando estava dentro do carro, no banco de trás. Testemunhas afirmam que o menor foi preso na sua casa e que foi espancado e algemado por três policiais que o colocaram na viatura. A dona de casa Maria Grego, 45 anos, prestou depoimento à Polícia Civil anteontem e confirmou a versão. Ontem, duas outras testemunhas, Fabiana e Rose dos Santos, ambas de 21 anos, também confimaram à Folha que viram o menor sair de sua casa, no Jardim Maracanã, algemado pelos policiais militares da P2 (serviço reservado da Polícia Militar).
Segundo Rose, ela viu quando o menor saiu da casa, empurrado pelos policiais, que não usavam fardas. ""Eles pararam no quintal, o J. vestiu uma camisa e, em seguida, algemaram ele com as mãos para trás. Ele não tinha onde esconder uma arma"", afirmou. A dona de casa Maria Grego disse que, enquanto estava na delegacia, outros policiais estiveram em sua casa e arrebentaram portas e janelas, além de diversos móveis. ""Deve ter sido para tentar me intimidar, já que eu vi tudo o que aconteceu"", disse.
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* Leia mais na reportagem de Edna Mendes e Telma Elorza na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná deste sábado