Concorrência acirrada, evasão de clientes e falta de dinheiro são problemas que atualmente passam longe do mercado artesanal de bijuterias. Fábricas domésticas com mão-de-obra familiar estão rendendo até 200% de lucro a esses microempresários. No entanto, para entrar no ramo o empreendedor precisa, necessariamente, de criatividade e vontade de trabalhar porque a demanda é muito grande.
Jeane Rossato é mãe e dona-de-casa e há três anos descobriu vocação para bijuterias. No início, fazia peças apenas para consumo próprio mas com a propaganda boca-a-boca, foi obrigada a ampliar o leque de clientes e expediente de trabalho. Atualmente, ela se dedica em tempo integral à profissão. Pela manhã e noite, Jeane, a filha e a irmã confeccionam brincos, colares e pulseiras para as clientes e, à tarde, ela dá aulas sobre o ofício numa loja que fornece matéria-prima para o produto.
História semelhante é a da universitária Taciana Pruner que há três meses estava desempregada. Para ela, fazer bijuterias começou como um passatempo e hoje ganhou espaço na loja de lençóis da mãe. Lá, Taciana não paga aluguel, água, luz ou telefone e suas únicas despesas resumem-se ao material e à porcentagem de lucro para a prima, que desde o início ajuda no trabalho. ''Vou aproveitar as férias de julho para me aprimorar em São Paulo'', adiantou a estudante de Pedagogia.
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O mais interessante na experiência das duas artesãs é que ambas são auto-didatas. Elas aprenderam a montar suas peças no método do erro e acerto. É claro que, uma revista ou uma troca de idéias, sempre ajuda, mas, para para elas, a criatividade é o grande trunfo do negócio. Produzir em série não faz parte da rotina dessas 'artistas' que aumentam sua demanda graças à exclusividade das peças e preço. Segundo Jeane, os brincos custam entre R$ 5 e R$ 23, os colares variam de R$ 10 a R$ 35 e as pulseiras não passam dos R$ 20.
Taciana e Jeane fazem parte de um grupo de 30 artesãs que, a partir de sábado, participarão da Expô Bijou, no Shopping Quintino. Trata-se de uma feira para fabricantes de bijuterias que acontecerá todos os finais de semana com apoio da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel). Segundo a assessoria de imprensa do shopping, a idéia é ajudar essas pessoas a comercializar seus produtos e assim ampliar o movimento do estabelecimento.
A expectativa é que nesta primeira edição cerca de três mil pessoas visitem a exposição, que funcionará aos sábados das 10h às 22h e aos domingos das 14h às 20h, na rua Quintino Bocaiúva, nº 812. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3322-0404.