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Em Londrina

Mototaxímetro: nova polêmica para CMTU

Redação - Folha de Londrina
04 ago 2003 às 20:40

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Fiscais da CMTU fazem testes no novo aparelho no autódromo - César Marinho
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Os atuais usuários de mototáxis em Londrina estão sujeitos ao preço que é estipulado pelo condutor ou àquele cobrado pelas centrais que exploram o serviço. A falta de padrão na cobrança poderá mudar, ainda este ano, com a instalação nas motocicletas de um equipamento de medição similar aos existentes nos táxis, que registra a quilometragem percorrida e calcula o valor da corrida.

A precisão do mototaxímetro foi testada pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), nesta segunda-feira à tarde, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, zona norte. O equipamento correspondeu mas sua exigência, que está prevista no decreto que regulamentou a categoria, não foi bem recebida pelas centrais e deverá se tornar mais um ponto polêmico para a CMTU.

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Para a presidente da Associação dos Mototaxistas de Londrina, Edimara Adolfo Oliveira, o equipamento é uma forma de controlar o serviço e inibir os mototaxistas clandestinos. ''Os profissionais sérios estão sofrendo uma concorrência desleal. Assim é também um meio de moralização do serviço para os usuários'', argumentou.

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Segundo cálculos da associação, existem pelo menos 200 mototaxistas trabalhando clandestinamente em Londrina. As 60 centrais que exploram o serviço no município empregam cerca de 800 condutores legalizados. Conforme Edimara, o valor de uma corrida atualmente varia entre R$ 3,00 e R$ 5,00 durante o dia e chega a R$ 6,00 no período noturno. De acordo com ela, a concorrência dos clandestinos, aliada às variações de tarifa que ''assustam'' os usuários e à instabilidade no preço do combustível, fez o movimento cair mais de 40% desde o início do ano.

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Para evitar a aquisição de equipamentos de forma indiscriminada, a comercialização do mototaxímetro vair ser feita diretamente com as centrais, que repassarão os equipamentos para os condutores. O custo de R$ 300,00 do aparelho deve ser financiado pela central.


A empresária Marisa Capellari, fabricante do mototaxímetro, garantiu que o equipamento é resistente a atritos e trepidações. O mototaxímetro possui lacre e só pode ser alterado pela CMTU com autorização dos órgãos de trânsito.

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O diretor de trânsito da Companhia, Álvaro Grotti Júnior, apontou que bandeirada até 2 quilômetros foi estimada em R$ 2,50. A partir dessa quilometragem, o passageiro paga mais R$ 0,30 por quilômetro rodado e a bandeirada cai para R$ 2,40. A hora parada deverá ser fixada em R$ 6,00.


Quanto à resistência das centrais, que reclamam principalmente do custo do equipamento, Grotti Júnior, argumentou que ''essa negociação é entre categoria e o fabricante''. ''Com o mototaxímetro, o preço será justo tanto para quem está pagando quanto para quem está recebendo'', justificou.

A CMTU, segundo o diretor, não irá cobrar o primeiro lacre do equipamento. Já as vistorias anuais custarão R$ 50,00 para cada mototaxista. Depois de regulamentado, os condutores terão um prazo de 60 dias para se adequarem.


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