Cerca de 250 mulheres de policiais militares fizeram uma manifestação inédita em Londrina nesta terça-feira (15/05), bloqueando o portão de acesso ao 5º Batalhão da Polícia Militar e impedindo a troca de turno da tropa e a entrada e saída de viaturas. Elas começaram a montar acampamento em frente ao quartel às 6 horas e conseguiram o apoio de cerca de 350 policiais que chegaram por volta das 10 horas e se concentraram em frente ao batalhão, apitando e gritando por melhoria salarial para os maridos.
As mulheres reivindicam a gratificação PM Especial para soldados, cabos, sargentos e tenentes, e prometem ficar acampadas até que o governo atenda a categoria. Segundo a presidente da Associação das Esposas dos Policiais Militares de Londrina, Rosilda Aparecida Carlos, um PM em início de carreira ganha cerca de R$ 600,00 líquidos. Desde 1996, a gratificação de até R$ 526,00 não é paga.
O momento de maior movimentação foi quando policiais retornaram de uma palestra sobre motivação profissional que o comando do batalhão tinha programado para a manhã. Fardados, à paisana e em carros particulares, eles estacionaram os veículos e foram em direção ao portão, onde as mulheres os esperavam com faixas e cartazes de protestos. Os PMs aderiram ao movimento e promoveram um apitaço. Policiais e esposas cantaram o Hino Nacional e soltaram rojões.
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As mulheres pretendiam se revezar durante a noite nas barracas em frente ao quartel. Segundo a vice-presidente da associação, Elair Beletti, as viaturas foram abastecidas na segunda-feira à noite e devem ficar sem combustível nas próximas horas. As mulheres esticaram varais e estenderam fardas que elas lavaram em frente ao 5º BPM. Algumas doações de alimentos chegaram ao acampamento na hora do almoço. As refeições foram servidas para todos que estavam no local.
* Leia mais em reportagem de Maranúbia Barbosa na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quarta-feira