Nos dois primeiros meses deste ano, o total de ocorrências e de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito em Londrina foi o menor registrado desde 2016. De lá para cá, a quantidade de incidentes caiu de 557 para 485, enquanto o número de vítimas teve queda de 660 para 549. A variação foi de 13% e 16%, respectivamente. Se a comparação for com o mesmo período de 2017, quando 585 episódios vitimaram 697 londrinenses, o decréscimo é ainda mais acentuado, na casa dos 17% e 21%.
Entre janeiro e fevereiro, as vias da cidade contabilizaram 11 mortes. A soma dos óbitos é igual à computada em 2017 e inferior a de 2016, quando 12 pessoas perderam a vida em incidentes viários. Das ocorrências fatais, cinco foram de motociclistas, duas aconteceram em decorrência de atropelamentos e outras quatro envolveram motoristas ou passageiros de automóveis.
Os acidentes com pedestres tiveram decréscimo na ordem de 14%, caindo de 57 para 49 do ano passado para cá. No mesmo período, os episódios letais envolvendo este público foram reduzidos pela metade, com declínio de quatro para duas mortes. As informações são do Placar do Trânsito, divulgado nesta terça-feira (20) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
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Na avaliação do diretor Hemerson Pacheco, os dados positivos são resultado das ações implementadas pela companhia nos últimos anos. Instalação de radares para controle da velocidade, aumento na capacidade de sinalização e campanhas educativas, como a "Olhe e Sinalize", são apontados por ele como fatores determinantes na redução da violência viária em Londrina.
"Eu compreendo a dinâmica do trânsito sob duas vertentes. Uma delas leva em consideração a mudança de comportamento dos motoristas e pedestres como resultante das iniciativas de fiscalização e da melhoria nas condições de tráfego. A outra entende que a construção de uma convivência mais segura e humanizada nas ruas implica, necessariamente, no incremento geral de toda a estrutura viária", considerou Pacheco.
O diretor pontuou que, neste sentido, a CMTU tem avançado em diversas vertentes. Uma delas é parceria firmada com a Guarda Municipal (GM), cujos agentes já capacitados pela companhia estão, atualmente, desenvolvendo um estágio prático junto aos fiscais de trânsito.
Outra iniciativa que promete melhorar as condições de fiscalização é a contratação de um caminhão guincho-plataforma. A intenção é que o veículo seja utilizado na apreensão de carros em desacordo com as normas de circulação, bem como na remoção de sucatas de automóveis abandonadas e de caçambas irregulares.
Para 2018, a CMTU pretende ainda implantar uma central de monitoração capaz de fazer o acompanhamento e o controle remoto, em tempo real, do funcionamento dos semáforos. Com isso, será possível melhorar a onda verde no Centro e alterar o tempo dos sinais de acordo com trânsito real das vias. "Estamos na etapa de elaboração do termo de referência, para posteriormente lançarmos a licitação. Temos muito trabalho pela frente, mas isso no motiva a continuar avançando", afirmou Pacheco.
Placar do trânsito – O levantamento realizado pela CMTU indicou também que, no primeiro bimestre do ano, a PR-445 liderou o ranking das vias mais letais em Londrina, com quatro mortes. Foram três óbitos no trecho urbano e um na parte rural da rodovia.
Já a malha viária administrada pela companhia contabilizou sete acidentes fatais. As avenidas Saul Elkind, Juscelino Kubitschek, Maritacas e a rua Ibiporã tiveram um cada uma, enquanto outras vias somaram três ocorrências. Com o saldo, a taxa de mortes no município ficou em 11,81 para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2017, o índice foi de 16,20.
Autuações – Os autos de infração emitidos por agentes da companhia ou da Polícia Militar (PM), por ação dos radares fixos e móveis e gerados devido a não identificação de condutor chegaram à casa dos 22.205 até fevereiro.
Exceder a velocidade máxima da via em até 20% foi a principal violação cometida pelo motorista londrinense, com 9.398 registros, seguida do avanço do sinal vermelho do semáforo, com 2.530 flagrantes. Superar o limite de circulação entre 20% e 50% resultou na emissão de 1.696 autos e deixar de usar o cinto de segurança rendeu 918 multas.
Divulgado pela CMTU a cada dois meses, o Placar do Trânsito é elaborado com base nas informações do Siate, do Instituto Médico-Legal (IML) e da Delegacia de Trânsito da Polícia Civil.