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Na Zona Leste

Observatório de Feminicídios de Londrina acompanha julgamento de acusado de matar mulher em igreja

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
06 ago 2024 às 11:45

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- Reprodução/Canva
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O Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina acompanha nesta terça-feira (6) o julgamento de Everton Paulo Schafer, acusado pelo feminicídio de sua ex-companheira em uma igreja na Zona Leste de Londrina. 


O julgamento teve início às9h no Fórum Estadual de Londrina e poderá ser acompanhado ao vivo pelo YouTube.

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Segundo Néias, o Ministério Público acusa Everton Paulo Schafer de assassinato por motivo torpe - uma vez que a matou porque acreditava ter sido traído - , utilizando-se de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, visto que a surpreendeu em seu local de trabalho com disparos de arma de fogo. 

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Além disso, o crime é qualificado como feminicídio, por ter sido cometido em menosprezo à condição de mulher, em decorrência da relação doméstica que mantinham.

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ENTENDA O CASO


O crime ocorreu em 5 de abril de 2022 e ganhou ampla repercussão na mídia. Na ocasião, o réu invadiu o local de trabalho da ex-companheira, a Paróquia São Luiz Gonzaga, na Avenida São João, em Londrina. A vítima foi surpreendida enquanto almoçava e alvejada por diversos disparos que a atingiram na cabeça e no peito, resultando em sua morte.

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Conforme aponta o Observatório de Feminicídios de Londrina, antes morrer, a mulher viveu um relacionamento marcado por violência física e psicológica. 


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"Segundo análise dos autos do processo feita por Néias, há relatos de que ela se afastou de amigos e familiares durante o relacionamento com o acusado, retornando ao convívio social apenas enquanto ele esteve encarcerado. Colegas de trabalho relataram que a mulher frequentemente apresentava hematomas, mas nunca admitia ser vítima de violência de gênero."

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O Observatório afirma, ainda, que, além da violência física e psicológica, o acusado praticava violência financeira, tendo inclusive ficado com todo o dinheiro de um caminhão e móveis que ela vendeu. 


Para Néias, o caso a ser julgado nesta terça-feira reflete padrões comuns nas dezenas de feminicídios acompanhados pelo observatório nos últimos três anos. 

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"Mais uma vez, uma mulher aprisionada em um relacionamento violento e abusivo perde sua vida ao tentar romper o ciclo de violência", destaca o informe do Observatório sobre o caso. 


Quando finalmente conseguiu terminar o relacionamento, Lígia decidiu sair de Londrina para se afastar de seu agressor, mas precisava cumprir um compromisso de trabalho na igreja, onde acabou perdendo a vida.


"O réu ceifou a vida da ex-companheira de diversas maneiras, afastando-a de seus amigos e familiares, obrigando-a a permanecer ao seu lado e controlando seu dinheiro e tudo que ela fazia. Nada disso foi capaz de protegê-la. Esperamos que a Justiça forneça uma resposta justa para a sociedade, punindo o responsável por esse crime e reafirmando a importância de combater a violência de gênero em todas as suas formas," conclui Néias.


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