Uma pesquisa inédita realizada em Londrina analisou a qualidade de vida da cidade, por meio de questões relacionadas a espiritualidade, relações sociais e fatores psicológicos.
Foram entrevistadas 905 pessoas (381 homens e 524 mulheres) com mais de 18 anos, em 162 bairros da área central e regiões Norte, Sul, Leste e Oeste, residentes há pelo menos seis meses em Londrina. Pelo método WHOQOL, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cada um respondeu a 100 questões.
No geral da pesquisa, o percentual de satisfação do londrinense é de 89,4% em relação aos aspectos espirituais, religião e crenças pessoais, 83,3% em nível de dependência, 79% em relações sociais, 73,9% nas questões psicológicas, 54% nas condições físicas e 36,4% nos tópicos relacionados ao ambiente.
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No aspecto físico, a pesquisa concluiu que o que mais incomoda o londrinense são a dor e o desconforto. Embora disponha de energia para o dia a dia, apresenta fadiga e sonolência, por falta de repouso adequado. Nas questões psicológicas, o item melhor avaliado é a imagem corporal e aparência; e o pior são os sentimentos negativos. Autoestima e capacidade de pensar, aprender, memória e concentração também ganham destaque.
Quanto ao nível de independência, capacidade de trabalho e mobilidade têm boa avaliação, seguidos de atividades da vida cotidiana. O problema mais frequente está relacionado à dependência de medicamentos ou de tratamentos. No aspecto das relações sociais, a população considera-se satisfeita em suas relações pessoais, atividade sexual e suporte (apoio) social.
No domínio ambiente, o índice de satisfação apresenta a seguinte ordem: transporte, ambiente no lar, oportunidade de adquirir novas informações e habilidades, cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade, participação e oportunidades de lazer/recreação, recursos financeiros, ambiente físico (poluição, ruído, trânsito, clima) e segurança física e proteção.
Pelos resultados, os autores avaliam que a qualidade de vida do londrinense pode apresentar melhor desempenho se as autoridades derem mais atenção às questões de dependência de medicamentos, sentimentos negativos, dor e desconforto, segurança física e proteção, aspectos do ambiente físico como poluição, ruído, trânsito, clima, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais, participação e oportunidade de lazer e oportunidade de adquirir novas informações.
O levantamento foi feito por professores e estudantes de Psicologia da Unifil, e será publicado no livro "Qualidade de Vida na Cidade de Londrina". O lançamento será no dia 25 de abril, às 19h, no Teatro do Colégio Londrinense.
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