Os policiais que participaram da prisão do padre Silvio Andrei, em 16 de maio, em Ibiporã, negaram em depoimentos ocorridos nesta quarta-feira (9), que houve agressão ao sacerdote.
O flagrante foi feito pelo sargento Messias e soldados Roni e Edgar. No boletim de ocorrência, as denúncias contra o sacerdote são embriaguez ao volante, ato obsceno e corrupção ativa. Os soldados Sierra e José, que fizeram o apoio na operação, também depuseram. A única oitiva faltante é do investigador Arnaldo.
Ao término dos depoimentos, o delegado Marcos Belinati informou que o inquérito não corre mais sobre segredo de justiça e a dúvida persiste: o padre fora agredido ou não?
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A defesa do sacerdote mantém a tese de agressão, abuso de poder e maus tratos. O advogado Walter Bittar pediu anexação no inquérito das imagens do circuito interno da delegacia na noite da prisão em flagrante de Silvio Andrei. As gravações ainda não foram reveladas, já que o autos do processo estão com a promotoria pública de Ibiporã.
"As imagens são claras. Os policiais arremessam ele (Silvio Andrei) contra grade com as mãos para trás. Ele é atirado com a cara (rosto) para a cela. Além das agressões físicas, tem as morais. Embora não tenha áudio, pela gesticulação ele estava numa situação humilhante, degradante. Tem a agressão cívica, tem a prova. Por duas vezes ele tenta colocar a calça, mas o policial impede", alegou.
Com essas imagens, Bittar moveu ação contra o Estado.