O lixo orgânico de Ibiporã continua sendo trazido para Londrina para ser compostado na empresa Kurica Ambiental, localizada na zona sul da cidade.
Segundo o procurador jurídico da prefeitura de Londrina, Fidelis Canguçu, um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em setembro de 2009 entre as promotorias do meio ambiente de Londrina e Ibiporã e entre órgãos das duas prefeituras, legalizou a "importação do lixo domiciliar" da cidade vizinha.
Canguçu disse que tentará, administrativamente, cancelar o termo; caso contrário, poderá ajuizar ação judicial ou mesmo encaminhar à Câmara Municipal projeto de lei para proibir a vinda de lixo de qualquer cidade para Londrina.
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O procurador disse que qualquer das medidas depende de laudo encomendado à Secretaria do Ambiente (Sema). "Solicitei uma análise da Sema para saber se juntamente com o lixo orgânico não está vindo rejeito (que não pode ser compostado), porque, se vier rejeito, o TAC está sendo descumprido e poderia ser rompido", disse Canguçu em entrevista ao Bonde.
Caso o termo esteja sendo cumprido, a medida seria uma ação judicial. "Vamos argumentar que cada um tem de ser responsável por seu lixo", afirmou. Outra possibilidade, seria editar lei para impedir o envio do lixo para Londrina. "Independentemente do que ocorra, o município de Londrina está firmando sua posição de ser totalmente contrário à importação de lixo de outras cidades", frisou.
O procurador explicou que entulho da construção civil, por exemplo, pode ser trazido, já que é inteiramente reciclado.