A Prefeitura de Londrina e a Caixa Econômica Federal assinaram nesta quinta-feira (13) a liberação de um empréstimo de R$ 125 milhões para a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) na cidade. A nova concepção de transporte público será uma das maiores intervenções já feitas da história do município. O sistema de canaletas exclusivas para ônibus vai modificar toda a cidade. Os projetos do BRT preveem a execução de pelo menos 13 grandes obras para Londrina, entre viadutos, trincheiras, elevados e terminais.
Vão ser construídos dois corredores exclusivos para o transporte público. As linhas vão ligar as regiões Norte/Sul e Leste/Oeste. As canaletas exigem intervenções viárias. As avenidas Leste-Oeste e Dez de Dezembro, que irão receber o sistema inovador, vão passar por diversas obras e reformas.
Para que a linha Leste-Oeste saia do papel, o poder público vai precisar alargar o viaduto localizado sobre a BR-369; e construir um novo viaduto nas proximidades da praça do jardim do Sol; uma trincheira no cruzamento das avenidas Leste-Oeste e Rio Branco; e um elevado (viaduto de longa extensão) de ligação entre a Arcebispo Dom Geraldo Fernandes e a Attílio Octávio Bizatto.
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Já a linha Norte-Sul prevê a construção de um viaduto para transpor a rotatória das avenidas Dez de Dezembro e Leste-Oeste, nas proximidades da rodoviária, além de uma trincheira no cruzamento da avenida Sylvio Barros com a rodovia Carlos João Strass e de um elevado sobre o córrego Cabrinha.
O município também vai precisar reformar os terminais da Zona Oeste - ainda em fase de acabamento - e do jardim Acapulco (zona sul) e construir outros dois grandes terminais para as regiões norte e leste de Londrina.
Conheça as paradas
O projeto do BRT prevê a construção de 24 paradas de embarque e desembarque: 13 para o corredor Leste-Oeste (13,4 quilômetros) e mais 11 para o Norte-Sul (10,6 quilômetros). No caso da primeira canaleta, vão ser implantadas as estações Figueira; Leonor; Terminal da Zona Oeste; Shangri-lá; Cismepar; Central; Amazonas; Viajantes; Marco Zero; Morumbi; Laranjeiras; Pioneiros; UTFPR; Diamante e Terminal da Zona Leste.
Já no corredor Norte-Sul, serão construídas as estações Bélgica; Inglaterra; Europa; Portugal; Califórnia; Aeronáutica; Fraternidade; Tremembés; Noitibó e Felicidade. As paradas terão como pontos de chegada e partida os terminais Acapulco e o da Zona Norte.
As duas canaletas (verde para a Leste-Oeste e amarela para a Norte-Sul) vão se cruzar nas estações Viajantes e Fraternidade, localizadas nas proximidades do Terminal Rodoviário de Londrina.
Os corredores exclusivos para ônibus também vão contar com 50 quilômetros de ciclovias, de acordo com os projetos do BRT. Cada estação terá, ainda, um estacionamento para bicicletas. O poder público pretende integrar os dois tipos de transporte (ônibus e bike) nas canaletas.
Com a liberação de empréstimo assinada, a prefeitura pretende começar a planejar o processo de licitação para escolher a empresa que ficará responsável pelas obras do BRT. O município acredita que tudo será definido até o final deste ano e que as obras terão início em janeiro de 2015. Ainda conforme o poder público, as obras vão ser finalizadas em até três anos.
Londrina vai precisar de R$ 145 milhões para tirar o BRT do papel: R$ 125 milhões virão, por etapas, do Ministério das Cidades; e os outros R$ 20 milhões são a contrapartida da própria prefeitura ao recurso federal.