Começou neste sábado a reposição das aulas para os alunos da rede municipal de educação de Londrina, que abrange cerca de 21 mil alunos de 1ª a 4ª séries. A Secretaria de Educação não fez um levantamento sobre a presença de crianças e professores, mas acredita que "a maioria tenha comparecido".
A reposição é necessária para cumprir o calendário de 200 letivos no ano, já que em 21 dias não houve aulas como forma de prevenção da Gripe A. O problema é que os professores, apoiados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv-Ld), não estão muito propensos a repor as aulas nos sábados. Alegam que a proposta não tem aprovação do Conselho Municipal de Educação e dos professores. Também dizem que muitos educadores já tinham compromissos previamente agendados aos sábados, como cursos de graduação e pós-graduação.
A proposta da Secretaria é fazer aulas de reposição em 11 sábados, até o final do ano. Os outros dez dias seriam repostos por meio de atividades domiciliar. "No entanto, se for desta forma, as aulas irão até 31 de dezembro; repondo as aulas aos sábado, o calendário vai até 18 de dezembro", explicou a secretária de Educação Vera Lúcia Hilst em entrevista ao Bonde.
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Corporativismo
Nesta sexta-feira (11), o Sindserv encaminhou orientação aos professores para que "não iniciassem a reposição das aulas até que seja estabelecido um acordo entre a Secretaria de Educação e o Sindserv, tendo em vista a imposição do cronograma de reposição sem consulta à categoria". O presidente da entidade, Eder Pimenta, diz ainda no comunicado que "conforme a LDB, os 200 dias letivos são de responsabilidade do município e não do professor".
"Esta orientação é um corporativismo absurdo do sindicato que poderá prejudicar não só os alunos, mas também os professores, que atrasarão suas férias se não houver reposição aos sábados", disse a secretária Vera Hilst. "Há um fato concreto: as aulas terão de ser repostas. O próprio Conselho Nacional de Educação manda que sejam 200 dias letivos", explicou.
Reunião
A reposição das aulas será novamente discutida em reunião nesta segunda-feira (14) com o Conselho Municipal. Segundo a Secretaria, como os professores ficaram parados durante a suspensão das aulas, a reposição aos sábados terá de ser feita sem o pagamento de horas-extras.