Uma representante do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) visitou o Bosque Marechal Cândido Rondon durante a tarde desta segunda-feira (11). Acompanhada de dois técnicos da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), a integrante do órgão internacional recolheu amostras das espécies nativas plantadas no espaço. Ao Bonde, a representante disse que não tinha autorização de passar nenhum tipo de informação sobre a visita. "Tudo o que eu analisar aqui vou enviar em relatório para a prefeitura e para os meus superiores em Washington", limitou-se a dizer, sem se identificar.
Os técnicos da Secretaria do Ambiente também evitaram detalhar a visita. "Estamos coletando amostras para analisar a qualidade das espécies nativas plantadas no Bosque", disse um deles. Questionado se o trabalho integra as obras de revitalização que a prefeitura pretende fazer no espaço, o servidor desconversou. "O que eu sei é que o trabalho está ligado a um projeto do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), que vai receber recursos do BID para realizar diversas melhorias na cidade", argumentou, também sem se identificar.
Segundo o Núcleo de Comunicação (N.Com) da prefeitura, Londrina será beneficiada com mais de US$ 40 milhões do programa Procidades do BID. Representantes do Banco vieram à cidade nesta semana, após meses de negociação, para analisar o projeto formulado pela atual administração. Pela iniciativa, os recursos, obtidos por empréstimo com o órgão internacional, serão utilizados na revitalização de espaços públicos e históricos da cidade, como o calçadão, as praças, os museus e o bosque, através de melhoria de infraestrutura como iluminação, ordenamento visual, mobiliário urbano e promoção da acessibilidade.
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Pelo projeto, a atual administração pretende, ainda, fazer a revitalização dos fundos de vale, com a requalificação ambiental da bacia hidrográfica Ribeirão Cambé, que abrange os três lagos – Lago Igapó I, II e III, incluindo adequações de geometria viária, implantação de pistas de caminhadas e ciclovias, consolidação da infraestrutura do parque linear do ribeirão composto de áreas de recreação e lazer, parques e jardins e corredor ecológico.
Algumas medidas já começaram a ser colocadas em prática pelo município, como as obras de revitalização do calçadão, que já estão na quarta etapa, e a reforma do Bosque Central, amplamente criticada por entidades e ONGs ambientais. Vale lembrar que a prefeitura está proibida de continuar com a reforma no espaço e reabrir a rua Piauí pelo Zerinho. Decisão da 2ª Vara de Fazenda Pública de Londrina deu 20 dias para que a atual administração reconstrua no bosque o que foi destruído no final do ano passado, como o mobiliário urbano e as espécies nativas derrubadas.