Duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas em um choque envolvendo uma moto e um Corcel no início da noite de domingo (19) na PR-445, entre eles uma adolescente de 16 anos.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária, uma moto Honda Fan com placas de Londrina colidiu frontalmente com um Corcel de Tamarana no trecho entre Guaravera e Irerê.
O condutor da moto, Osmane Aparecido Ribeiro, de 25 anos e a passageira Janaina Aparecida Magalhães, de 16 anos não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
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Outras três pessoas que estavam no carro ficaram feridas, foram encaminhadas para o Hospital Evangélico e liberadas durante a madrugada. O condutor, Onildo Ferreira da Cunha, de 78 anos teve ferimentos graves. Já as passageiras Aidê Farias Cunha, de 78 anos e Rosilene de Jesus Chaves, de 26 sofreram lesões leves.
Com esta ocorrência, a 'rodovia da morte' já supera o número de vítimas fatais registrado no ano passado, quando foram contabilizadas 18 mortes em 476 acidentes. Em menos de seis meses deste ano, já são 19 mortes em pouco mais de 200 acidentes, segundo números da 2ª Companhia de Polícia Rodoviária.
Só em um acidente registrado em 31 de maio deste ano, quatro pessoas morreram em uma colisão entre um caminhão e um Santana com placas de Goiânia próximo ao distrito de Irerê.
A Rodovia Celso Garcia Cid (PR-445) é a principal rodovia da região norte do Paraná. São 145 quilômetros ligando os municípios de Mauá da Serra com Primeiro de Maio. Poucos trechos duplicados e curvas sinuosas deixam o trecho perigoso.
Segundo o comandante da 2ª Companhia, capitão Gustavo Hauestein, vários fatores colaboram para o aumento no número de acidentes na via, entre eles o crescimento da frota na região. Há um ano, os 89 municípios atendidos pela Companhia possuíam uma frota de 800 mil veículos licenciados. Só no último ano, 25 mil novos veículos ganharam as estradas do norte do Estado. "Esse aumento é tão grande a ponto da estrutura das rodovias não conseguir acompanhar. Com maior fluxo, as pessoas ficam mais ansiosas para chegar ao seu destino, começam a cometer imprudência, descontar o tempo perdido atrás de um carro mais lento, ultrapassar em um ponto que não poderia, e isso acaba gerando aumento no número de acidentes", avalia.
Em visita a Londrina no final da semana, o governador Beto Richa afirmou em entrevista coletiva que não há previsão para a duplicação da rodovia, apesar do assunto ser tratado como prioridade do atual governo. "Não temos recursos", resumiu.
Para Gustavo Hauestein, a duplicação não pode ser apontada como a solução de todos os problemas. "Não é simples assim: duplicou vai melhorar. Tivemos um exemplo no perímetro urbano de Londrina. A avenida Arthur Thomas foi praticamente reconstruída e nós tivemos um aumento no número e gravidade dos acidentes, porque o motorista imprudente acha que pode correr mais. Se o condutor respeita, dificilmente vai se envolver em um acidente grave", alertou o comandante.
(Atualizado às 8h44)