A principal palestrante perdeu o vôo e não pôde participar do ''Seminário Municipal de Combate ao Racismo'', realizado hoje de manhã (21/07) na sede da Associação dos Professores do Paraná (APP) em Londrina. Mas a ausência de Dora Lúcia Bertúlio, procuradora jurídica da Universidade Federal do Paraná, não impediu que o encontro rendesse um prolongado debate entre os integrantes da mesa e a platéia.
''O racismo é a ideologia que apregoa que uma raça é superior a outra. No Brasil, muitos de nós ficamos vulneráveis ao internalizarmos essa mentira e passamos a vida inteira experimentando o sofrimento de achar que não está no lugar certo'' - disse Regina Nogueira, uma das participantes e coordenadora geral da Mulher do Estado do Rio Grande do Sul.
Em sua exposição, ela discorreu sobre as lutas do movimento negro brasileiro ao longo do século 20, além de contar experiências pessoais nas quais foi vítima de preconceito racial. ''Quem é negro, tem o destino traçado pelo preconceito, pelos estereótipos que o enquadram como alguém que nunca vai dar certo na vida '' - salientou.
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Ilustre-se aí que o Brasil historicamente reservou lugares para os negros. Se a presença e a ascensão negra na sociedade brasileira são vistas sem sobressaltos quando em espaços específicos como o meio musical (envolvendo o samba e suas ramificações) ou nos esportes (caso do futebol e do atletismo), fora daí é sempre motivo de estranheza e confronto.
*Leia mais na reportagem de Nelson Sato na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste domingo