Durante depoimento do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, à Comissão Especial de Investigação (CEI) da Câmara Municipal, vereadores descobriram que o órgão não recebe a contribuição sindical dos seus filiados, mas o subsídio parte das próprias companhias que exploram o sistema em Londrina.
Documentos entregues por João Batista mostram que os dois sindicatos da categoria - Sinttrol e Federação dos Trabalhadores no Transporte Coletivo - são subsidiados pela empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) em aproximadamente R$ 57 mil por mês, ou R$ 684 mil por ano. A Francovig não apresentou seus valores.
''Para nós, ficou a impressão de que o sindicato funciona como apêndice das empresas'', declarou o presidente da CEI, Joel Garcia (PDT).
A Câmara investiga o aumento das tarifas do transporte coletivo em Londrina e também descobriu que esses valores não são descontados dos funcionários e sequer estão descritos nas planilhas financeiras do sistema. ''Isso é muito preocupante", completou o vereador Tito Valle (PMDB).
O repórter Fábio Cavazotti, da Folha de Londrina, conversou com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva. Acompanhe a reportagem publicada no jornal nesta quinta-feira (28).