A polêmica sobre o transporte de alunos do Ensino Médio de Lerrovile (distrito localizado na zona sul de de Londrina) para Tamarana (62 km ao sul de Londrina) chegou ao fim. A prefeitura da cidade vizinha cedeu um ônibus que fará o percurso de quatro quilômetros todos os dias a partir de segunda-feira. A decisão foi tomada nesta quinta-feira após uma reunião entre o prefeito Paulo Mitio Nakaoka (PSDB) e o chefe do Núcleo Regional de Ensino, Rony dos Santos Alves.
De acordo com o prefeito, o veículo beneficiará cerca de 45 alunos que já foram incluídos no censo educacional de Tamarana. Para transportá-los, Nakaoka disse que recebe do Estado apenas 10% do valor gasto com cada um. ''É uma questão de cooperação e sensibilidade com o problema da comunidade'', explicou o prefeito.
Na quarta-feira, pais e alunos do distrito bloquearam a entrada da Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto em protesto ao cancelamento do transporte escolar. Até o final de 2002, o serviço era realizado pela Prefeitura de Londrina que, até o meio do ano, também não atendia a demanda de alunos de 5ª a 8ª séries. ''No segundo semestre, inauguramos três salas e resolvemos o problema. Não interrompemos o transporte para não prejudicar os alunos. Nossa obrigação é manter o ensino fundamental. O ensino médio é responsabilidade do Estado'', explicou a secretária de Educação, Magda Tuma.
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Depois de muito reivindicarem, os moradores de Lerrovile conseguiram a instalação do ensino médio no período noturno. As aulas são dadas na escola municipal que fica vazia à noite. O protesto aconteceu porque os pais queriam que os filhos continuassem a estudar durante o dia por causa da segurança. ''Embora não seja nossa incumbência, vamos continuar levando até o centro do distrito os alunos que moram em áreas mais distantes'', adiantou a secretária de Londrina.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira pela Folha, o secretário estadual de Educação, Maurício Requião, prometeu R$ 30 milhões para o transporte escolar este ano. A informação foi uma resposta ao pedido da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) que reclama da dificuldade em manter o serviço.
*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina