Depois da decisão do Governo, o presidente interino do Conselho Universitário, professor Newton Expedito de Morais, já tratou de convocar uma reunião fechada entre os conselheiros para a próxima segunda-feira, às 16 horas. O objetivo é definir a indicação de seis nomes para ocupar os cargos de reitor e vice da UEL. A lista será encaminhada ao governador Jaime Lerner (PFL), que indicará os sucessores de Jackson Testa e Mauro Ticianelli pelo período de 120 dias. Durante esse tempo, os conselheiros vão preparar e convocar as novas eleições.
Segundo Morais, somente professores que compõe o conselho poderão ser indicados, através da votação entre os 68 conselheiros com direito a voto. Ele lembrou que o professor Pedro Gordan poderá novamente ser indicado para o cargo. Gordan havia sido escolhido, na quarta-feira, para ser o reitor interino durante 90 dias, enquanto durassem as investigações sobre as irregularidades. Mas, com esta decisão de Lerner, a sua nomeação acabou não acontecendo.
Já o reitor afastado, Jackson Testa irá impetrar na próxima segunda-feira na Justiça com um mandado de segurança contra a decisão do governo de afastá-lo. 'Eu não sou cargo de confiança do governador nem sou funcionário do secretário (Ramiro Wahrhaftig, de Ensino Superior). Tenho o direito constitucional de exercer o meu segundo mandato até 10 de junho de 2002', alegou.
Testa foi comunicado da decisão do governador hoje (10/08) às 10h30, por telefone, e diz que foi pego de surpresa. Ele permaneceu o dia todo em seu gabinete na reitoria e argumentou também que a comunidade universitária está do seu lado.
O mandado de segurança será redigida neste fim de semana pela Assessoria Jurídica da UEL e por dois professores de Direito da universidade, Antônio Amaral e Ruy Marçal de Jesus Carneiro. Os advogados argumentam que ele tem o direito de exercer o mandato de reitor e que a atitude de Lerner foi 'extremamente política'.
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