Após o arrastão feito por cerca de 100 torcedores do Coritiba no Restaurante Bengala na noite do último domingo (9), representantes da torcida organizada Império Alviverde vieram a Londrina nesta terça-feira (11) para tentar entrar em acordo com o dono do estabelecimento, Marcelo Monteiro Oliveira. Eles ofereceram R$ 2 mil para cobrir os prejuízos causados, mas o proprietário do restaurante localizado à margem da PR-445, entre o distrito de Irerê e Tamarana, não aceitou o valor.
"Está muito abaixo do que eles levaram. Entre produtos e alimentos foram pelo menos R$ 4 mil. Eu mostrei os prejuízos, mas não houve negociação. Eles ofereceram R$ 2 mil reais e esse valor eu não posso aceitar, está muito abaixo", informa Oliveira. Segundo ele, os representantes ficaram de dar uma resposta nesta quarta-feira (12). "Estou pedindo o dinheiro apenas para cobrir os gastos que eu tive, não estou nem discutindo a ação feita aqui, o furto, o crime", resigna-se o comerciante.
Contatado pela reportagem do Portal Bonde, o comandante da Império Alviverde, Reimackler Alan Graboski, afirmou que não oferecerá nada além dos R$ 2 mil. "Não teve acordo e não vamos mudar nossa proposta. Ele pediu R$ 4 mil, mas este valor não é real, não foi tudo isso", argumenta.
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Comunicado pela torcida organizada por volta das 13h desta terça da vinda da comitiva à cidade, Oliveira não registrou boletim de ocorrência contra os torcerdores. "Eu ia às 14h, mas depois da ligação deles não fui à polícia. Vou esperar uma resposta deles até amanhã [quarta] para ver o que vou fazer", conclui.
Uma equipe da Polícia Militar foi deslocada até o restaurante para observar a negociação. Não houve registro de qualquer problema.
Relembre
O arrastão ocorreu por volta das 20h de domingo (9), na volta dos torcedores que vieram em três ônibus para assistirem à derrota por 2 a 0 do Coritiba frente ao Londrina Esporte Clube pela 11ª rodada da primeira fase do Campeonato Paranaense.
"Eles chegaram em três ônibus. Os primeiros torcedores pagaram pelos produtos, mas a maioria aproveitou o pouco movimento do restaurante para fazer o arrastão", conta o proprietário do Restaurante Bengala, Marcelo Monteiro de Oliveira.
Segundo ele, a torcida levou caixas de sorvete e cerveja, diversos pacotes de gelo, inúmeras marmitex com comida e pelo menos 30 garrafas de vinho. "Apenas quatro pessoas trabalhavam no restaurante no momento do arrastão. Meus pais e dois funcionários. Um grupo de torcedores cobria a visão da minha mãe, que estava no caixa, para que os demais levassem os produtos", relata.