O vereador Joel Garcia (PDT) está sendo investigado por compra de votos nas eleições de 5 outubro de 2008, quando elegeu-se para o cargo pela primeira vez. Os promotores eleitorais, que presidem a investigação, já obtiveram provas documentais de que o vereador efetivamente comprou votos no ano passado.
Na tarde de ontem (16), policiais do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) obtiveram duas listas de cabos eleitorais de Joel Garcia das quais constam nomes de eleitores que teriam sido aliciados para votar no então candidato a vereador, seus respectivos números de título eleitoral e o valor pago, que variava entre R$ 20 e R$ 30.
O material foi conseguido por meio de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral e cumpridos no distrito rural de São Luiz. "Dois desses cabos eleitorais são colaboradores da investigação do Ministério Público e nos forneceram as listas.
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Ontem mesmo, também obtivemos declarações dos eleitores que têm seus nomes lá de que efetivamente receberam dinheiro para votar em Joel Garcia", afirmou agora pela manhã o promotor eleitoral Renato de Lima Castro.
O terceiro cabo eleitoral, de acordo com o promotor, seria "parente indireto" de Joel Garcia e não confirmou as denúncias de compra de voto.
As acusações podem render ao vereador um processo por crime de compra de voto, previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. "É uma violação a todo processo democrático: o candidato deve ser eleito pela vontade popular e não por intermédio da compra de votos", disse o promotor Renato Castro.
Se condenado por este crime, o vereador perderia o mandato.