Os estudantes Celso Garla Filho e Thiago Lunnardeli Fonseca, ambos de 18 anos, que sofreram um sequestro no início do mês de julho reconheceram hoje à tarde o vendedor Oreles Timph, 43 anos, como sendo um dos sequestradores que executaram o crime e cuidaram da ''segurança'' dos três cativeiros onde estiveram presos.
Com relação ao manobrista Luciano Ribeiro dos Santos, 21 anos, os estudantes disseram que a estatura e a voz eram parecidas com um rapaz que esteve nos cativeiros e que teria roubado o relógio das vítimas.
Os estudantes foram sequestrados no dia 1º de julho quando chegavam ao campus da universidade onde estudam, na zona sul de Londrina. Eles passaram por três cativeiros - uma mata, uma residência em Ibiporã e um apartamento na zona sul da cidade - até a noite do dia 5 de julho, quando foram libertados sem o pagamento de resgate de R$ 500 mil, próximo ao viaduto que dá acesso ao Shopping Catuaí, também na zona sul,
Os dois jovens foram chamados à delegacia um dia depois do delegado-operacional da 10ª Subdivisão, Sérgio Luiz Barroso, ter indiciado o pai de Garla Filho, o advogado Celso Garla, por suspeitar que ele tenha participação no crime. Isso porque o advogado Décio Vanderlei Nogueira, 35 anos, que foi preso no dia 12 de julho e confessou ter executado o sequestro e usado seu apartamento como cativeiro, acusou Garla como o mentor intelectual do crime.
Garla nega qualquer envolvimento. Barroso, no entanto, disse que não questionou os estudantes sobre o possível envolvimento de Celso Garla no sequestro.
Eles disseram ao delegado que tinham certeza de que Timph foi um dos homens que os renderam em frente à universidade e que ficou com eles nos três cativeiros. O segundo homem seria Claudemir Sandoval, 25 anos, que está com prisão preventiva decretada e é considerado foragido.
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Com relação a Santos, os estudantes declararam que sua voz e estatura se assemelhavam muito com a de rapaz que esteve na mata - o primeiro cativeiro - por volta de 13 horas, logo depois que os sequestradores fizeram o primeiro contato com o advogado Celso Garla, exigindo o resgate. Esse rapaz teria, inclusive, roubado o relógio dos estudantes. Barroso comentou que o reconhecimento serviu para incriminar ainda mais Timph e também como mais indício do envolvimento de Santos.