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Médicos são denunciados por homicídio culposo de jovem que morreu na UPA do Jd. do Sol

01 abr 2024 às 18:24

O Ministério Público do Paraná denunciou por homicídio culposo dois médicos contratados da Prefeitura de Londrina que prestaram atendimento ao barbeiro Nycolas Ronald Dias, 22 anos, que morreu no o dia 23 de outubro de 2023. 


De acordo com as apurações sobre o caso, a morte do jovem teria sido ocasionada por erros médicos dos dois denunciados que prestavam servidos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Avenida Leste Oeste, conhecida com UPA do Jd. do Sol. 


A vítima teria sido atendida inicialmente no dia 8 de março de 2023 na unidade onde recebeu o diagnóstico de pneumotórax e foi encaminhada para a Santa Casa de Londrina, tendo recebido o tratamento adequado. Meses depois, no dia 22 de outubro daquele ano, o paciente buscou novamente uma unidade de saúde, com queixas de dor ao respirar e tossir, sendo medicado e recebido alta médica após melhora nos sintomas.


Com nova piora em seu quadro de saúde, no dia seguinte, em 23 de outubro, o jovem retornou à UPA, recebendo então atendimento dos dois denunciados que, segundo apontam as investigações que embasam a denúncia, cometeram equívocos quanto ao diagnóstico e não procederam ao tratamento correto e indicado para o quadro clínico do rapaz, que morreu na tarde daquele mesmo dia.


Conforme a denúncia da 24ª promotoria de saúde pública de Londrina, os médicos agiram de “forma imperita, inobservando regras técnicas da profissão, e de forma imprudente, com falta de cuidado objetivo, e de forma negligente, deixando de tomar conduta que era esperada pela situação, deixando de prever o resultado lesivo que lhe era previsível”. 


Além do crime de homicídio culposo, ocasionado por erro médico, os dois também foram denunciados por falsidade ideológica, uma vez que, por conta do cargo de plantonistas da unidade de saúde onde os fatos aconteceram, inseriram informações inverídicas sobre a causa da morte do paciente, bem como sobre os procedimentos que haviam sido realizados, como forma de ocultar a verdade sobre o ocorrido e na tentativa de isentar-se de responsabilidades sobre a morte.


A família registrou boletim de ocorrência e protocolou denúncia no Ministério Público e no CRM (Conselho Regionald de Medicina). O nome dos médicos não foram divulgados e o processo tramita sob sigilo.


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