CÂMBIO
O dólar comercial fechou em alta de 1,82%, cotada a R$ 3,910 na compra e R$ 3,920 na venda.
A pressão sobre a moeda norte-americana, já esperada pelo mercado, foi causada pelo vencimento de uma dívida pública indexada ao dólar de US$ 3,6 bilhões. O BC conseguiu rolar 61,6% da dívida. A Ptax que define o valor do resgate dos títulos amanhã foi definida hoje, por isso a continuidade da pressão.
No período da tarde os especialistas esperavam o recuo do dólar devido ao enquadramento dos bancos nas novas medidas tomadas pelo BC. Mas isso não aconteceu e acabou frustrando os investidores.
JUROS
O contrato de futuro DI com vencimento em janeiro de 2003, negociado na BM&F, encerrou em 24,69% ao ano, contra 25,60% ao ano na sessão de ontem.
A divulgação da Ata da reunião extraordinária do Copom revelou que a intenção do Banco Central em elevar a taxa de juro foi para controlar a inflação em 2003. O mercado temia um choque de juro para segurar a escalada do dólar. Com isso, os prêmios nos contratos de futuro DI recuaram na sessão de hoje.
RENDA VARIÁVEL
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão em queda 1,60%, com 8.370 pontos e volume financeiro de R$ 705 milhões, sendo que R$ 120 milhões foram de exercício de opção de índice.
A bolsa paulista foi pressionada pelo vencimento de índice futuro. Os vendidos ganharam outra vez dos comprados. Além disso, a dificuldade do BC em rolar a dívida cambial prejudicou o desempenho do mercado acionário. A divulgação da pesquisa Ibope também desanimou os investidores, pois a onze dias do segundo turno, uma virada de Serra sobre Lula esta cada dia mais difícil.
Após quatro pregões de alta, as bolsas americanas tiveram um dia de realização. Ao contrário de ontem, grandes empresas americanas divulgaram resultados piores do que o esperado pelo mercado, o que levou os investidores à venda. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 2,66%, contabilizando 8.036,00 pontos. A bolsa eletrônica Nasdaq desvalorizou 3,90%, encerrando em 1.232,39 pontos.