Os investidores observando o cenário interno e o externo. Às 11h46m, o dólar à vista era negociado por R$ 3,159 na compra e R$ 3,161 na venda, 1,47% acima do fechamento de ontem. É o quarto dia consecutivo que o dólar opera em alta. Já o mercado acionário brasileiro não tem outra alternativa senão acompanhar o péssimo desempenho das bolsas americanas, cujas perdas superam os 2%. Às 11h18m, a Bovespa tinha 9.820 pontos, queda de 1,76% e volume de negócios de R$ 105,9 milhões. No mesmo horário, o índice Dow Jones caía 2,34% e o Nasdaq, 2,87%.
Telemar PN, ação mais negociada da Bovespa, tem queda de 2,56% e é grande responsável pelo resultado do Ibovespa, já que responde por 13% de sua composição. Entre as ações que fazem parte do índice, as maiores quedas são de Cemig PN (-5,2%) e Comgás PNA (-4,7%).
O principal motivo da alta é o estresse do mercado internacional, que tem uma nova rodada de números negativos. O temor dos efeitos de um ataque americano ao Iraque derruba as bolsas americanas e promove a fuga de recursos dos títulos brasileiros, contaminando também o dólar.
O mercado também está atento ao leilão de contratos de swap cambial que o Banco Central promove hoje, para iniciar a rolagem dos vencimentos do dia 11. Segundo analistas, um resultado favorável nesse leilão pode amenizar a pressão sobre o dólar no período da tarde. Grande parte dessa pressão é atribuída a movimentos especulativos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em outubro está em R$ 3,145, com alta de 1,42%.
O mercado também espera com ansiedade o leilão de contratos de swap cambial que o Banco Central realiza hoje, o primeiro destinado à rolagem dos vencimentos do dia 11 (cerca de US$ 1,5 bilhão). Mais uma vez, os investidores querem saber se o Banco Central terá dificuldade em promover a rolagem da dívida vincenda.
Segundo operadores, o mercado se mostra pessimista com o cenário externo e bastante cauteloso com o cenário interno, que sofre de uma falta de notícias. A permanência do dólar em patamares superiores a R$ 3,00 acabou com a esperança de que o Banco Central pudesse aplicar o viés de baixa da taxa de juros. O próprio presidente do BC, Armínio Fraga, já sinalizou que o viés não será utilizado. Com isso, as taxas no mercado futuro acompanham o dólar.